Rio Kampar

Indonésia selvagem

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Durante a lua cheia de setembro, o paranaense Serginho Laus, um dos maiores especialistas em pororocas do mundo, partiu para a ilha de Sumatra, na Indonésia, para desbravar o Bono, a pororoca do Oceano Índico que quebra no perigoso Rio Kampar.

 

Junto com o surfista de ondas grandes e parceiro de ondas de marés Everaldo Pato Teixeira, Laus partiu para a floresta em busca do desconhecido.

 

Foram três dias de aventura em que Laus teve participação especial nos programas Nalu Pelo Mundo, do Multishow, e Canal OFF, ambos da Globosat.

 

Com um ótimo aproveitamento, a primeira equipe 100% verde-amarela soube como desviar dos crocodilos, árvores, pedaços de pau e plantas que tornam o Bono uma das pororocas mais perigosas do mundo. Ela devasta as margens do rio, adentra a selva e quebra por quase duas horas.

 

Laus, que também foi duas vezes recordista mundial de surf na pororoca (Guinness Book), tentou alcançar a nova marca estipulada pelo inglês Steve King, que surfou 15 quilômetros sem parar no mesmo rio, porém a onda não alcançou tamanho suficiente para que o brasileiro pudesse retomar a frente no livro dos recordes.

 

“Nada é fácil nessa vida, ainda mais para os brasileiros. O recorde não saiu, mas continuo focado e preparado para quando encontrar a maré certa, seguir surfando. A Natureza é imprevisível, temos que fluir com ela, caso contrário, nada dará certo”, relata.

 

No segundo e maior dia da onda de maré, Laus pegou uma onda com cerca de 30 minutos, com partes surfáveis, e outras apenas de espuma, fechadas, em que o atleta teve que se deitar na prancha. “Melhor ficar na onda, do que a deriva num rio cheio de crocodilos”, lembra o desbravador de pororocas.

 

Com imagens empolgantes e muitas histórias de mais uma descoberta, as mais de 22 horas de voo do Brasil para a Indonésia e as cinco horas de carro da cidade de Pekanbaru, na ilha de Sumatra, até a vila de Teluk Meranti, local onde acontece a pororoca da ilha da Sumatra, valeram a pena.

 

“Foi uma viagem muito longa, com fuso horário diferente, e um visual único e um povo muito receptivo. Além do que, estar com o Pato na Indonésia é sinônimo de conhecimento pleno, pois nosso big rider tem 20 anos de história nas ilhas”, diz Laus.

 

“É um país com religião muçumana e cheia de costumes. Aprendi muito, e como na Amazônia, o contato com a vida selvagem permaneceu, pois macacos estavam por todas as partes, fora os crocodilos”, completa.

 

Para fechar o ciclo, Laus foi ovacionado pelos locais de Teluk Meranti, que têm o paranaense como ídolo do surf de pororocas.

 

Serginho é considerado um embaixador para os surfistas de ondas de maré do mundo, pois percorreu as longas ondas de água doce do Brasil, Inglaterra, França, abriu o surf de maré na China e na Indonésia.

 

Agora, faltam apenas três países para que Laus seja o primeiro surfista a desbravar todas as oito principais pororocas do mundo.

 

Agradecimentos especiais: Trip Bar Curitiba, BWT Operadora, HB – Hot Buttered, Goofy, Sumatra Surf, ITA Travel Card, Bullys, Câmeras XTrax, Power Light Surfboards, família Nalu Pelo Mundo e equipe Surfando na Selva.

 

Com apoio das câmeras XTrax HD, Serginho Laus iniciou em Curitiba (PR) o ciclo de palestras Pororoca – A Onda da Amazônia.

 

O foco são universidades e escolas particulares e públicas, onde pode Laus levar o conhecimento e experiência sobre o fenômeno da Pororoca.

 

Com fotos e vídeos alucinantes, o especialista em pororocas une o esporte, educação, cultura e meio ambiente numa fusão com muita aventura e adrenalina.

 

Para obter mais informações sobre as palestras ministradas por Serginho Laus envie mensagem para [email protected].