Fabinho de olho na elite

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Fábio Gouveia marca presença no WCT Brasil 2006 na praia da Vila, Imbituba (SC). Foto: Ricardo Macario.
Depois de figurar durante anos entre os melhores surfistas do mundo, o paraibano Fábio Gouveia está de volta ao circo do WCT. Mas desta vez não para competir, pelo menos por enquanto.

 

Na etapa brasileira do WCT, em imbituba, ele é comentarista convidado de um canal de televisão e aproveita para rever velhos amigos, além curtir o clima da competição à qual dedicou boa parte da carreira profissional.

 

Aos 37 anos, o bicampeão brasileiro afirma que pretende voltar ao circuito mundial, de onde saiu em 2004.

 

No entanto, Gouveia se recupera de uma cirurgia na coluna feita há três meses, depois de sofrer com uma dor que o afastou do mar por algum tempo.

 

Apesar de já estar surfando novamente e até ter competido para somar pontos na última etapa do SuperSurf, na Barra, e do WQS, na última semana em Ubatuba, ele ainda não está 100% e precisa pegar mais confiança.

 

?Meu objetivo ainda é voltar aos top 45 do WCT. Em 2004 parei porque precisava descansar, renovar as energias. Em 2005 veio a lesão e acabei na mesa de cirurgia, e mesmo assim consegui o título brasileiro. Mas a recuperação foi bem mais difícil do que eu imaginava?, comenta ele, atualmente na 68ª posição no ranking da divisão de acesso.

 

Segundo Gouveia, no ano que vem o foco será o WQS. Ele ainda vai ao Hawaii este ano para tentar melhorar a posição no ranking e sua colocação na próxima temporada.

 

?Não sou nenhum menino e nem tenho facilidade para realizar todas essas manobras aéreas que estamos vendo, mas tenho um surf consciente e sei que quando tudo conspira a favor a vitória aparece, então vou competir até quando meu corpo agüentar?, garante.

 

Ele inclusive foi um dos incentivadores de Teco Padaratz quando este acenou para a possibilidade de trazer o mundial Master da ASP para o Brasil, possibilidade que ontem foi oficialmente confirmada.

 

?Sempre sonhei em disputar esse circuito. Acompanhei as últimas etapas e pirei quando vi caras como Gary Elkerton, Tom Curren, Rabbit Bartholomew, que sempre foram meus ídolos?.

 

?Pensei: também quero um dia estar ali, fazer parte dessa grande confraternização. Quando o Teco comentou, dei pilha para ele ir em frente?, disse Fabinho, que já adiantou que aceitará um possível convite.

 

Na opinião de Wayne Bartholomew, presidente da ASP, ele e Teco Padaratz são fortes candidatos a uma vaga no ranking da categoria, considerando o histórico competitivo de ambos.

 

Independente de estender ou não sua carreira, Fábio Gouveia deve ter pelo menos um sucessor no meio do surf profissional. Seu filho Ian já demonstra claramente estar seguindo os passos do pai.

 

?Antes mesmo de eu dizer que íamos todos a Imbituba, ele já estava insistindo para eu trazê-lo aqui, pois queria de qualquer jeito ver as baterias e os ídolos que ele admira no WCT?, conclui Gouveia, sem disfarçar o orgulho.