D’Orey é o homem do Corner

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Seu nome dispensa qualquer apresentação, pois praticamente todos do meio surfístico já ouviram falar do carioca Fred D’Orey.

Ele sempre dá um show à parte no Outside Corner de Uluwatu.

Sua linha na onda é a marca registrada e sempre faz tudo parecer muito seguro.

Quem olha logo pensa: “É muito fácil passar a onda por dentro”.

Juntos, aproveitamos aqui vários momentos de relax na Ilha de Bali e de adrenalina a mil por causa das ondas.

Ano passado, estivemos em G-land e, neste ano, no Outside Corner de Uluwatu.

Bati uma caixa com “um dos homens do corner” pra saber como ele vê Bali hoje em dia.

Nome: Fred d’Orey

Idade: 39

Natural de: Rio de Janeiro

Quantas vezes você já veio a Bali?
Umas 20.

O que te fez vir a Bali pela primeira vez e quando foi isso?
O sonho de pegar esquerdas perfeitas e tubulares, em 85. Estava na África do Sul correndo o
circuito, encontrei uma passagem barata e fui.

Qual seu pico de surf favorito na ilha e por que?
Uluwatu, meu surf se encaixa com o do corner. É uma praia de vibração forte, você sente os deuses no ar. Nada se compara com, depois de uma session de tubos irados, sair de noite da
água, sem ter se machucado, e entrar pela caverna com os morcegos voando a sua
volta e as estrelas explodindo no céu. Obrigado Senhor.

Qual seu pico favorito na Indonésia e por que?
Fora de Bali, Desert Point. É mais tubo e mais perfeito que Uluwatu.

Qual foi sua sessão de surf mais memorável na Indonésia, e com quem vc estava no mar?
Em 1996, três dias em Desert com o Bocão, com 6-8 e 10 pés, lua cheia. Pressão e fun.
1991- sete horas de surf em Padang com cinco amigos no outside, fazendo fila e todo
mundo rindo à toa.

O que voce vê para o futuro da ilha?
Uma tragédia! Não pára de crescer desordenadamente, os rios estão todos poluídos, migração em massa das outras ilhas para Bali em busca de uma vida melhor, descaracterizando
os costumes locais. Enfim, vai tudo pro vinagre.

Qual seria uma dica importante para aqueles que chegam a Bali pela primeira vez?
Chegue tranquilo, não ande em bando, arrume uma tabela da maré, não rabeie, traga pranchas finas e estreitas e dê pelo menos uma caída em cada um
dos picos da ilha.