Diário do Oxbow World Longboard Championship

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Baja California foi uma excelente escolha para encerrar o circuito.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

O clima árido manteve a temperatura alta dentro e fora d’ água. Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Cabeça de pedra prejudicava a formação da ondas em La Rocca.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Ao contrário dos locais de Zippers, o mexicano Angel Salinas curte long.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Festa de abertura foi um banquete com música mexicana ao vivo.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Galera aguardava no resort a chegada do swell.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Picuruta Salazar e os outro brazucas detonaram o primeiro round.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Ondas de 1,5 metros fizeram a alegria da galera no primeiro dia.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Amaro Matos foi o melhor brasileiro no ranking final do WLT.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Duelo entre Phill e Picuruta tirou o Gato da parada.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Duane DeSoto foi um mau perdedor e tomou um porre na night.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Matthew Moir foi carrasco de Jaime Víudes e Paulo Kid.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Jeremias da Silva, o Mica, mostra que brasileiro sabe fazer bico.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Local de Saquarema, Mica cativou a todos e vibrava com cada vitória.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Time brazuca foi muito guerreiro e teve que surfar em dobro.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Colin McPhillips surfa muito e fica imbatível com a ajuda dos juízes.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Beau Young e Bonga Perkins enfrentaram-se nas semi-finais.
Foto: aspworldtour.com/Ellis.

Waves Terra Saquarema Longboard International foi a última etapa do circuito mundial no Brasil.
Foto: Rafael Sobral.

A primeira etapa do circuito brasileiro de longboard mal terminou e já estavamos todos no aeroporto, prontos para embarcar para o México, onde iríamos disputar a última etapa do circuito mundial, o seleto Oxbow Longboard World Championship.

 

Após escala na Cidade do México, chegamos a Los Cabos, Baja California, no início da tarde do dia 20 de agosto. As ondas, apesar de pequenas, tinham boa formação e a temperatura, tanto da água quanto do ambiente, era muito quente.

 

A costa de Los Cabos, segundo os locais, tem vários point breaks próximos um do outro, mas o escolhido foi La Rocca, que tem um fundo irregular com algumas cabeças de pedras para fora da água que quebrava a linha da onda, formando alguns degraus.

 

Ao lado de La Roca tem uma onda bem melhor chamada Zippers, onde o fundo é show e a onda quebra próxima da areia. É uma direita expressa, mas os locais não gostam muito de longboarders. Eu e Kid tivemos problemas neste pico.

 

No dia 23, a Oxbow ofereceu um verdadeiro banquete com música mexicana ao vivo para os competidores num resort de frente para o mar, iniciando assim o período de espera pelas melhores ondas.

 

Dois dias depois as ondas chegaram e o campeonato começou com boas direitas de até 1.5 metros.

 

Os brasileiros arrebentaram no primeiro round. Danilo, Mica, Olimpinho, Picuruta, Amaro, Phil e eu passamos em primeiro e fomos direto para o terceiro round. Apenas Kid, Saldanha e Bagé disputaram o segundo round.

 

Danilo surfava umas 6 a 8 horas por dia e estava em sintonia com as ondas, mas encontrou pela frente um Amaro muito concentrado e determinado. 

 

Danilo dominou a bateria inteira, mas não usou bem a prioridade. O experiente Amaro aproveitou os vacilos e se deu bem.

 

Olimpinho vinha motivado com a vitória no brasileiro, mas nas oitavas pegou o concorrente direto ao título e até então líder do circuito, o havaiano Bonga Perkins. Apesar de surfar bem, não deu para o negão.

 

Outro favorito ao título da etapa, Picuruta Salazar caiu com Phil que estava num dia inspirado, achou boas ondas e se deu bem em cima do Gato, uma grande perda para o time brasileiro.

 

Paulo Kid, um dos que teve que correr a repescagem, recuperou-se bem vencendo o havaiano Duane de Soto numa bateria  muito disputada. Duane mostrou ser um mau perdedor, já que tomou um porre daqueles após a derrota para o Kid.

 

Depois de um ótimo primeiro round não achei boas ondas e acabei perdendo quase em combinação para o sul-africano Mathew Moir, carrasco de Kid na fase seguinte. Mathew estava iluminado. Eu pegava uma onda boa, que parecia ser a maior da série, e quando voltava para o fundo ele vinha surfando uma onda melhor ainda, uma daquelas que não vinha havia umas três baterias.

 

Sem dúvida nenhuma a grande sensação do evento foi o Mica, que cativou a todos com sua simpatia. Ele estava surfando com o coracão e vibrava muito a cada bateria que vencia.

 

Os cariocas Saldanha e Bagé, apesar do bom surf apresentado, não tiveram sorte na escolha das ondas.

 

Todos os brasileiros foram guerreiros e patriotas, mas vale lembrar que o julgamento continua favorecendo o surf dos gringos, não por critério, mas por preferência por caras como Colin, Bonga, Beau e Duane. O que acontece é  que sempre há uma valorização nas notas deles e uma desvalorização nas nossas.

 

O circuito do ano que vem será melhor para os brasileiros, pois estamos mais preparados para o jogo. Só esperamos poder contar com uma etapa no Brasil para  colocar mais brasileiros no Oxbow World Longboard Championship 2003.

 

Força Brasil.

 

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