A manhã começa cedo na costa norte de Oahu, e Jamie O’Brien já sente no ar que o lendário Waimea River está prestes a “ligar”. O aviso corre entre os locais, “não fale muito alto, senão todos vão aparecer”. A cena é emblemática da Baía de Waimea nos dias em que a lagoa formada a beira mar fica cheia demais, com amigos cavando a abertura da foz, o som do trator ao fundo, e uma energia elétrica no ar.
“Você tem trinta minutos, desce agora!”, grita alguém. A pressa é justificada, o rio está cheio, o fluxo perfeito, e a onda começa a quebrar. JOB, visivelmente empolgado, comenta: “Sinto que vai ser uma das melhores. Tô animado, me sentindo bem, isso vai ser épico.” E ele estava certo.
Logo, o rio de água achocolatada forma uma onda estática de aparência surreal, com uma parede extremamente lisa e desafiadora. “Provavelmente a melhor onda de rio da minha vida”, diz O’Brien, ainda ofegante. O ir e vir, para um lado e para o outro, em alta velocidade exige muita perícia. “Surfei por uns três ou quatro minutos, completamente hipnotizado. Não esperava que estivesse tão perfeito hoje.”
Entre risadas e gritos de euforia, os locais comentam o que acabou de acontecer. “Uma das melhores dos últimos dez anos”, afirma um deles. “Ninguém na água, só a gente. É o que acontece quando você acorda cedo.” Mas o dia de JOB não termina com o surfe no rio. Pouco depois, ele troca o leash por linhas de pesca e embarca com amigos para uma nova missão: capturar o “ahi”, o atum amarelo gigante das águas havaianas.
As cenas (a partir de 11:00) seguintes misturam a calma da pescaria com a tensão da luta contra o peixe. Após vinte minutos de esforço, o peixão aparece na superfície: um yellow fin tuna de 131 libras (quase 60 kg). JOB vibra: “A maior do ano! É como pegar um tubo em Pipeline, mesma adrenalina, mesmo prazer.” Enquanto limpam o peixe e o colocam no gelo, o clima é de gratidão. “Um dia perfeito no North Shore”, resume O’Brien. “Ondas, amigos, peixe, e o mesmo sentimento de estar vivo e conectado com a natureza.”
A câmera fecha com o pôr do sol dourando o Pacífico e Jamie sorrindo, fiel à sua filosofia de viver cada dia como se fosse um episódio de pura psicose havaiana. Mas uma psicose do bem.
Fonte Jamie O’Brien











