Os troféus de campeões do Ericeira Pro 2025 ficarão na Europa. Os franceses Kauli Vaast e Tya Zebrowski venceram a quarta etapa do circuito Challenger Series na temporada, realizada em Portugal, e deram passos importantes na luta por vagas na elite de 2026. Eles lideram o ranking. O último dia da prova teve a participação de Lucas Vicente. O brasileiro perdeu para o vice-campeão do evento, o australiano George Pittar, nas quartas de final e ficou em quinto lugar. Confrontos decisivos foram realizados em direitas com cerca de 1,5 metro em Ribeira D’Ilhas, lisas pela manhã e afetadas pelo vento lateral à tarde.
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Kauli abriu a decisão de 40 minutos com seis ataques, sendo as duas batidas as melhores manobras da atuação. O medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 largou com 7.83 pontos. George respondeu aos seis minutos com 5.67 numa performance iniciada com boa rasgada e finalizada com potente batida. O australiano assumiu a liderança aos 12 minutos com duas manobras que valeram 5.97, mas o francês deu o troco no minuto seguinte. Kauli abriu a direita com batida, depois passou por partes lentas e acertou outra pancada na junção. Com a nota 5.13, ele deixou George na caça de 7.00 para vencer.
O francês voltou a mexer no placar a dez minutos do fim. Ele usou a prioridade para trocar 5.13 por 6.23 pontos. O australiano passou a buscar 8.09 para ser campeão. George teve somente mais uma chance, mas não alterou o resultado e Kauli comemorou sua primeira vitória no CS.
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“Estou muito feliz por vencer esta competição,” disse Kauli. “Há muito tempo sonho com uma vitória na Challenger Series. Estive cercado por uma equipe excelente e por boas pessoas. Esta foi uma guerra, tive que lutar por ela, mas senti que fiz boas baterias desde o início. Duas finais em quatro competições, estou muito feliz. Vencer isso junto com a Tya também, é o que sonhamos. Era nosso objetivo, e treinamos muito para isso, surfando na mesma competição na qual esperávamos que acontecesse. Obrigado ao nosso treinador Joan Duru por tudo!”.
Kauli abriu a temporada com final na Austrália, mas, nos dois eventos seguintes, ele ficou em 33º lugar. Com a vitória em Portugal, ele subiu de 12º para a liderança do ranking. George também fez sua segunda final no CS em 2025. A primeira foi na África do Sul. Ele terminou em 17º na Oceania e em 33º no continente africano. O australiano subiu quatro posições na lista dos melhores e ocupa atualmente o terceiro lugar. George participou do CT nesta temporada, porém foi cortado após a sétima etapa. Ele finalizou o ano em 26º no ranking da elite mundial.
Final Feminina – A decisão feminina teve Tya Zebrowski contra a australiana India Robinson. A aussie surfou pela primeira vez na bateria aos três minutos. Ela fez a onda inteira e começou dando as cartas com 6.00 pontos. A francesa surfou logo depois, porém a direita ficou muito cheia e ela optou por abandonar a onda antes do fim (3.33). Tya surfou sem a prioridade aos 11 minutos. A surfista achou boas paredes para bater com pressão e assumiu a liderança com 5.17 pontos. India respondeu rapidamente. Ela caiu da prancha no terceiro ataque, mas conseguiu pontos suficientes (2.93) para voltar para o primeiro lugar.
Tya cresceu na final aos 19 minutos. Ela usou a prioridade, acertou três manobras e foi pra liderança com 6.20 pontos. A situação de India ficou mais complicada aos 23 minutos. A francesa rasgou, depois bateu, fez outra curva, um cutback, acertou outra pancada e fechou a apresentação com mais uma batida. A atuação valeu 7.33 e deixou India na busca de 7.53 para ser campeã do Ericeira Pro 2025.
India chegou à parte final com a prioridade e, a 31 segundos do fim, ficou em pé na prancha. A direita estava espumada, mas ela conseguiu manobrar com segurança, porém a nota 5.93 pontos não mudou as posições na disputa e Tya comemorou sua primeira vitória no CS 25/26. A francesa abriu a temporada com um terceiro lugar na Austrália, depois ficou em quinto na África do Sul e em segundo nos Estados Unidos. Ela chegou a Portugal como líder. India subiu 19 posições no ranking com o segundo lugar na etapa e ocupa agora a nona posição.
“É uma sensação tão boa, estou tão feliz!” disse Tya. “Estou muito feliz por vencer aqui em Portugal. No ano passado fiquei em segundo lugar, então estou muito empolgada por conseguir a vitória este ano, significa muito para mim. Só quero agradecer à minha família por estar aqui e aos meus patrocinadores por todo o apoio. Gostaria de dedicar essa vitória à minha tia, nós te amamos e sentimos sua falta”.
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Caminhos até a final – Tya chegou ao último dia do Ericeira Pro 2025 já classificada para as semifinais. Ela participou da primeira bateria da fase. Ela controlou bem a disputa e venceu a israelense Anat Lelior com as três maiores notas do confronto. Já o caminho de Kauli foi mais longo. Ele começou o domingo nas quartas e abriu o duelo contra Adur Amatriain com nota 8.00 pontos. O basco tentou endurecer a disputa, mas não reverteu a situação.
Kauli encarou Eli Hanneman na segunda semi. O havaiano errou na primeira atuação e o francês largou com 6.50 pontos. Os dois surfaram uma série aos 12 minutos. Eli usou a prioridade numa direita que não foi boa e Kauli colocou outra nota na casa dos seis pontos no placar (6.17). O havaiano ficou ativo na parte final e chegou a voar numa esquerda, mas seguiu na caça de nota no critério excelente (8.84). Quase no minuto final o atleta decolou novamente na esquerda. Dessa vez ele foi mais alto e fez a rotação completa. Eli vibrou muito, mas a nota 7.00 não evitou sua eliminação.
Brasil no dia final – Lucas Vicente abriu as quartas de final contra George Pittar com nota fraca (2.00). Ele partiu pra cima de uma junção quadrada, mas não completou a manobra. George colocou pressão no brasileiro aos cinco minutos, quando largou com 6.33 pontos. Lucas usou a prioridade aos 13 minutos e colocou 4.00 no somatório com três ataques. Logo depois, ele assumiu a liderança com 3.37 pontos.
George respondeu aos 20 minutos com 6.03 pontos para reassumir a primeira posição. Lucas passou a precisar de 8.36 para vencer. O brazuca até diminuiu a diferença a sete minutos do término (4.57), porém dois minutos depois o australiano disparou na frente com 7.17 e garantiu lugar nas semifinais. Lucas subiu 31 posições no ranking e atualmente ocupa o 27º lugar.
Vagas no CT – O Challenger Series 25/26 terá um total de sete etapas e o ranking será formado com os cinco melhores resultados de cada atleta. O circuito classificará dez homens e sete mulheres para o Championship Tour 2026, a elite do surfe mundial.
Agora é a vez do Brasil – A próxima etapa do CS acontece nas ondas de Saquarema. A prova acontece entre os dias 11 e 19 deste mês de outubro.
Ericeira Pro 2025
Final Masculino
Kauli Vaast (FRA) 14.06 x 11.64 George Pittar (AUS)
Semifinais
1 George Pittar (AUS) 15.84 x 9.50 Lucca Mesinas (PER)
2 Kauli Vaast (FRA) 12.67 x 10.83 Eli Hanneman (HAV)
Quartas de final
1 George Pittar (AUS) 13.50 x 8.57 Lucas Vicente (BRA)
2 Lucca Mesinas (PER) 13.16 x 9.90 Luke Thompson (AFR)
3 Kauli Vaast (FRA) 13.50 x 10.00 Adur Amatriain (ESP)
4 Eli Hanneman (HAV) 12.13 x 8.26 Morgan Cibilic (AUS)
Final Feminino
Tya Zebrowski (FRA) 13.53 x 11.93 India Robinson (AUS)
Semifinais
1 Tya Zebrowski (FRA) 10.33 x 6.77 Anat Lelior (ISR)
2 India Robinson (AUS) 12.83 x 11.93 Yolanda Hopkins (POR)
Quartas de fina
3 Yolanda Hopkins (POR)13.83 x 9.50 Alyssa Spencer (EUA)
4 India Robinson (AUS) 12.13 x 4.60 Sanoa Dempfle-Olin (CAN)
Baterias realizadas no sábado
1 Tya Zebrowski (FRA) 12.83 x 10.00 Kirra Pinkerton (EUA)
2 Anat Lelior (ISR) 11.00 x 9.83 Amuro Tsuzuki (JAP)
Ranking masculino do CS 25/26 após a quarta etapa (Ericeira Pro 2025)
1 Kauli Vaast (FRA) 19.200
2 Luke Thompson (AFR) 18.565
3 George Pittar (AUS) 18.200
4 Mateus Herdy (BRA) 17.760
5 Jacob Willcox (AUS) 15.620
6 Oscar Berry (AUS) 14.625
7 Eli Hanneman (HAV) 14.430
8 Dimitri Poulos (EUA) 13.090
9 Liam O’Brien (AUS) 13.085
10 Levi Slawson (EUA) 13.000
11 Morgan Cibilic (AUS) 11.985
12 Kade Matson (EUA) 11.985
13 Samuel Pupo (BRA) 11.860
14 Hiroto Ohhara (JAP) 11.385
15 Michael Rodrigues (BRA) 10.805
16 Matthew McGillivray (AFR) 10.705
17 Winter Vincent (AUS) 10.245
18 Jorgann Couzinet (FRA) 10.085
19 Taro Watanabe (EUA) 9.265
20 Xavier Huxtable (AUS) 9.265
Próximos brasileiros até 50
25 Lucas Silveira (BRA) 7.845
27 Lucas Vicente (BRA) 6.845
28 Peterson Crisanto (BRA) 6.745
32 Ian Gouveia (BRA) 6.320
35 Edgard Groggia (BRA) 5.900
38 Jadson André (BRA) 5.820
50 Deivid Silva (BRA) 3.800
Ranking feminino do CS 25/26 após a quarta etapa (Ericeira Pro 2025)
1 Tya Zebrowski (FRA) 28.630
2 Yolanda Hopkins (POR) 23.375
3 Sally Fitzgibbons (AUS) 20.325
4 Francisca Veselko (POR) 18.715
5 Nadia Erostarbe (ESP) 18.345
6 Laura Raupp (BRA) 14.625
7 Kirra Pinkerton (EUA) 14.510
8 Teresa Bonvalot (POR) 14.225
9 India Robinson (AUS) 13.100
10 Amuro Tsuzuki (JAP) 13.090
11 Alyssa Spencer (EUA) 12.885
12 Leilani McGonagle (CRI) 11.860
13 Sophia Medina (BRA) 11.860
14 Eweleiula Wong (HAV) 11.660
15 Sophie McCulloch (AUS) 11.390
16 Anat Lelior (ISR) 10.755
17 Eden Walla (EUA) 10.240
18 Ellie Harrison (AUS) 10.040
19 Sawyer Lindblad (EUA) 10.000
20 Talia Swindal (EUA) 9.415
