Magnitude

Mulherada põe pra baixo

Campeonato de ondas grandes só para mulheres, o Magnitude abriu janela em 1º de dezembro no Havaí e já rende boas ondas.

Mar quebra grande e perfeito em Himalayas, Havaí (EUA), para alegria das atletas do Magnitude.Nick Bartol
Mar quebra grande e perfeito em Himalayas, Havaí (EUA), para alegria das atletas do Magnitude.

A segunda edição do Red Bull Magnitude está rolando desde o início de dezembro e as melhores surfistas de ondas grandes do mundo já pegaram boas ondas no arquipélago do Havaí (EUA).

No último sábado (22), uma grande ondulação encostou nas ilhas havaianas, e rolou o segundo sinal verde para uma sessão do campeonato. Para coordenarem os locais e horários das sessões, a organização tem um grupo no Whastapp com todas as participantes, junto com as equipes de filmagens e segurança. Há um debate sobre as melhores condições e as sessões são marcadas.

No sábado, havia duas equipes em ação. Uma em Jaws (Maui), onde Keala Kennelly, Bianca Valenti e outras meninas enfrentaram condições desafiadoras por conta do vento forte. E outra em Himalayas (Oahu). “A gente estava querendo dar um upgrade nesse surfe aqui de Oahu, porque sempre rola Waimea e fica difícil quando se compara com Jaws. Então, eu e a Polly (Ralda) insistimos para ir pra Himalayas”, conta Silvia Nabuco, uma das participantes do campeonato.

Silvia Nabuco dropa bomba em Himalayas no último sábado (22).Nick Bartol
Silvia Nabuco dropa bomba em Himalayas no último sábado (22).

“O mar estava gigantesco. Marcando 21 pés (cerca de 6,5 metros) na boia. E estava tudo fechando. As meninas não estavam muito animadas para entrar em Himalayas, pois estava muito difícil de passar a arrebentação. Até que dei a ideia de usarmos o jet-ski de segurança para levar cada uma lá para fora”, conta Silvia.

E assim, Silvia Nabuco, Michaela Fregonesi, Raquel Heckert, Polly Ralda, Laura Enever, Keite McConnell e Kelta Orourke surfaram Himalayas. “O mar estava incrível, muito plástico e de respeito. Tava tão bom que entraram muitos profissionais como Mark Healey, James Sterling e outros”, diz.

“As meninas em geral pegaram ondas muito boas. Eu peguei uma legal, a Michaela pegou uma muito boa. A Raquel e a Laura também. Esse dia foi um marco para as meninas de Oahu”, completa Silvia.

Depois da sessão em Himalayas, as meninas ainda caíram em um mar gigante em Waimea. “Surfei durante nove horas, praticamente. Fiquei muito feliz de ver que meu corpo respondeu bem depois de tudo que passei”, conta Silvia, que passou por quatro procedimentos cirúrgicos no final do ano passado, após ter complicações em uma cirurgia de pedra no rim.

Red Bull Magnitude

A janela de espera do Red Bull Magnitude segue até 28 de fevereiro de 2022. A vencedora da categoria Melhor Performance, que irá contemplar três ondas, sendo que apenas uma poderá ser de tow-in, receberá um prêmio de US$ 35 mil. A vencedora da Melhor Onda receberá US$ 5 mil.

Na primeira edição do evento, no ano passado, a havaiana Kealla Kennelly foi vencedora. “A primeira edição impulsionou muito a nova geração de big riders”, diz Keala. “Surfei com jovens talentos com quem nunca tinha surfado, e foi muito inspirador vê-las  ultrapassando seus limites e melhorando suas capacidades. Mal posso esperar para ver como será este ano”, completa.

O evento tem como objetivo prestar homenagem às pioneiras do surfe de ondas grandes e também abrir caminho para as novas gerações, através de um formato que oferece igualdade de oportunidades a todas as competidoras.

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