Bíblia do surfe

Surfer fecha as portas

Com quase 60 anos de história, revista Surfer anuncia sua última edição neste mês de outubro.

Lendário John Severson (1933-2017) transformou a Surfer em um símbolo da contracultura na década de 1960.Surf Archives / Surfer Magazine
Lendário John Severson (1933-2017) transformou a Surfer em um símbolo da contracultura na década de 1960.

Fundada em 1962 e conhecida como a “bíblia do surfe”, a revista californiana Surfer vai publicar a sua edição final neste mês de outubro.

De acordo com o editor Todd Prodanovich, todo o staff já foi demitido e a revista fundada pelo fotógrafo e artista John Severson (1933-2017) deixará de existir.

Com base em San Diego, a Surfer já vinha sendo enxugada desde meados de 2019, quando foi cedida ao conglomerado American Media. Na ocasião, a publicação passou a ser trimestral e uma parte da equipe foi mandada embora.

Na última semana, como uma espécie de último ato, a Surfer se posicionou politicamente pela primeira vez em sua história.

O artigo “Por que os surfistas devem votar em Joe Biden e Kamala Harris”, escrito pelo próprio Prodanovich, revelou preferência pelo candidato democrata Joe Biden contra o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA.

Apesar do posicionamento, Todd Prodanovich negou que o artigo teve ligação com o fechamento da empresa.

Em seu perfil no Instagram, ele antecipou os destaques da última edição (com a capa ilustrando uma remada em prol do movimento Black Lives Matter e uma matéria sobre a comunidade LGBTQ+) e agradeceu pelos anos de serviços prestados à revista.

“Engraçado como você pode ter um emprego como este por 10 anos e cada edição ser uma jornada completamente nova e diferente. Sentirei muita falta dessa parte, e da revista em geral, que termina após 60 anos de publicação. Espero que todos gostem desta edição e obrigado pela leitura ao longo dos anos”, afirmou Todd.

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