Risco de morte

Redes à deriva no Sul

Vândalos cortam dezenas de cabos de redes de pesca no Rio Grande do Sul e Federação Gaúcha faz alerta aos surfistas da região; desde 1986, já são 49 casos de surfistas mortos ao se enroscarem em redes de pesca no litoral gaúcho.

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Imbé é uma das praias que teve cabos de rede de pesca cortados. Foto arquivo:Sarah Rocha
Imbé é uma das praias que teve cabos de rede de pesca cortados. Foto arquivo:

Um ato de vandalismo praticado no último sábado (7) oferece um grande risco aos surfistas do litoral norte do Rio Grande do Sul. Dezenas de cabos de redes de pesca foram cortados ao longo das orlas de Tramandaí, Imbé e Xangri-Lá e ainda há redes soltas no mar da região.

Através das redes sociais, a FGS (Federação Gaúcha de Surf) fez um alerta aos surfistas sobre os perigos destas redes no inside. Desde 1986, já são 49 surfistas mortos ao se enroscarem em redes de pesca no litoral gaúcho. O último caso foi registrado em 2010.

Segundo os pescadores, o responsável pelos cortes dos cabos estava em uma caminhonete Saveiro branca. Os profissionais registraram um boletim de ocorrência coletivo na manhã deste domingo (8) na Delegacia Online da Polícia Civil.

Uma das vítimas foi o pescador Armi Ronnau, que teve seus cabos cortados na Praia da Cabras, na região Sul de Tramandaí. Segundo ele, na orla do município há pelo menos dois pontos em que as redes estavam armadas e elas estão soltas no mar.

“Isso nos preocupa bastante porque é um risco que o surfista corre. Tem dez cabos à deriva e pode engatar uma prancha numa rede ou num cabo solto”, alertou Ronnau.

Armi conta que, em 28 anos de atividade, nunca havia visto nada parecido. “Corte de cabos sempre aconteceu, mas ai é de um de um ou de outro, mas não assim corte no coletivo, que alguém passasse ali e cortasse todos os cabos”, lamentou.

A Colônia de Pescadores Z40 informou ter comunicado ao Corpo de Bombeiros sobre os cabos e redes soltos no mar. A entidade reitera que a atividade é regular, permitida entre 15 de março e 15 de dezembro, é que os pescadores que atuam com a pesca de cabo são devidamente registrados e autorizados.

Fonte Litoral na Rede