Dylan McWilliams

No lugar errado, na hora errada

Bodyboarder e admirador da vida ao ar livre, Dylan McWilliams conta como já sobreviveu a ataques de cobra, urso e tubarão.

Dylan McWilliams mostra o lugar onde foi atacado pelo tubarão na ilha de Kauai, Havaí

Em matéria da rede britânica BBC, o bodyboarder norte-americano Dylan McWilliams conta como sobreviveu a um ataque de tubarão na ilha havaiana de Kauai depois de já ter superado ataques de um urso e uma cobra.

McWilliams aproveitava as boas ondas da região quando sentiu algo tocar sua perna. “Eu vi o tubarão debaixo de mim. Comecei a chutá-lo – sei que o acertei pelo menos uma vez – e nadei até a praia o mais rápido que pude”, contou à BBC.

O tubarão provavelmente era da espécie tigre e tinha cerca de 2 metros de comprimento. “Eu não sabia se havia perdido metade da perna ou o quê”, diz o bodyboarder, que saiu da água sangrando bastante e com marcas de dente na perna.

Aficionado por aventuras, McWilliams pode ser considerado um sobrevivente. Ele já fez mochilão pelos EUA e Canadá, onde trabalhou como vaqueiro e instrutor de treinamento de sobrevivência, ensinando técnicas que aprendeu com o avô ainda criança.

“Eu tenho ensinado crianças e outras pessoas a como sobreviver no deserto e viver da terra como os exploradores faziam”, afirma McWilliams.

Em julho do ano passado, durante um acampamento no estado do Colorado, ele dormia ao ar livre quando foi acordado com a cabeça presa nas mandíbulas de um urso. “Ele me agarrou pela parte de trás da cabeça, e eu estava reagindo, cutucando seu olho até ele me soltar”, descreve.

As autoridades do parque o capturaram na manhã seguinte, e depois de testes confirmarem que o sangue do rapaz estava sob suas garras, o animal teria sido abatido.

Nove grampos colocados na parte de trás da cabeça de McWilliams deixaram cicatrizes e provocam dor quando tocados, mas a experiência não foi suficiente para desencorajar seu amor pelo ar livre.

Ferimentos de quando foi atacado pelo urso (à esq.) e pelo tubarão (à dir.).

“Eu sempre amei animais e passei o maior tempo que pude com eles”, disse o mochileiro. Ele atribui esses incidentes perigosos ao fato de estar no lugar errado na hora errada.

“Eu não culpo o tubarão, não culpo o urso, nem a cascavel”, diz, fazendo referência a um ataque de cascavel que sofreu há menos de três anos, durante uma trilha em Utah, nos Estados Unidos.

Ele conta que, na ocasião, estava tomando uma picada e pensou ter chutado um cacto. “Mas não consegui vê-lo, e então me deparei com uma cascavel toda enrolada”.

Então com 17 anos, McWilliams pediu para não ser levado ao hospital porque achava ter sofrido uma mordida não venenosa. “Mas havia um pouco de veneno, e fiquei doente por alguns dias”, disse,

“Temos que respeitar os limites (dos animais), mas não acho que eu esteja invadindo o espaço deles ou provocando os ataques – eles simplesmente aconteceram”.

O rapaz está agora ansioso para que suas feridas cicatrizem e ele possa voltar às ondas.

McWilliams “espera não ter” outro encontro do tipo, mas reconhece que riscos sempre existirão. “Eu passo a maior parte do tempo fora com animais … então, acho que tudo pode acontecer.”

Texto de Soraya Auer originalmente publicado pelo portal UOL.

Exit mobile version