Festival Internacional

Cinema gratuito em Ubatuba

Festival Internacional de Cinema de Surf de Ubatuba recebe filmes de 11 países entre os dias 16 a 19 de junho, no Litoral Norte paulista.

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Festival de Cinema de Ubatuba contará com sessões ao ar livre no feriado de Corpus Christi.Divulgação
Festival de Cinema de Ubatuba contará com sessões ao ar livre no feriado de Corpus Christi.

A segunda edição do Festival Internacional de Cinema de Surf de Ubatuba (FICSU) acontece de 16 a 19 de junho, durante o feriado de Corpus Christi, na Praia Vermelha do Norte, em Ubatuba (SP). Com um total de 21 títulos inéditos no circuito comercial e uma homenagem ao fotógrafo e cineasta Klaus Mitteldorf, o evento recebe o público de forma presencial e com entrada gratuita.

O FICSU se tornou muito mais que um festival de cinema. “A sustentabilidade é outro tema de vital importância e um dos principais pilares do festival”, observa o diretor Victor Fisch. Além das diversas atividades paralelas como oficinas de surfe, cinema, fotografia, yoga, test ride de pranchas, atividades para crianças, entre outros, o festival promove importantes debates com temas socioambientais. Ações junto ao meio ambiente também estão programadas. Entre elas, o Retorno ao mar de Tartarugas, em parceria com o Projeto Tamar, e um mutirão de limpeza de praia coordenado pela Sea Shepherd, que irá garantir que a praia ficará ainda mais limpa do que antes do início do FICSU. Todos os resíduos (sólidos e orgânicos) do festival terão destinação ambiental correta.

Destaque também para a presença feminina no festival e na programação. A surfista Erica Prado, que iniciou o movimento Surfistas Negras, será a apresentadora do festival e também fará parte do júri, que junto com a curadoria, é composto em sua maioria por mulheres. A programação traz ainda rodas de conversas e debates sobre o tema, e conta com a presença de convidadas ilustres, como a diretora Anna Verônica, do filme “By Woman”, e a roteirista canadense Lalita Krishna, do filme “Bangla Surf Girls”.

A Cerimônia de Abertura acontece na quinta-feira (16), às 18h30, com a exibição do curta “Fé Salgada”, dirigido por Victoria Zolli e Bia Pinho, cineastas estreantes de Ubatuba, seguido pelo aguardado documentário “Waterman”, de Isaac Halasima, sobre a jornada e o legado de Duke Paoa Kahanamoku, considerado o maior ícone do surfe mundial. Após a sessão, o festival presta uma homenagem ao cantor João Terra, músico e compositor, ícone para a cidade de Ubatuba, com mais de 40 anos de carreira, que faleceu em 2021. O Tributo a João Terra contará com a presença de seus filhos, de sua banda e convidados especiais que farão um show com suas músicas, cheias de reggae.

A curadoria, formada por Victor Fisch, Cristina Proschaska e Bruna Arcangelo, selecionou um total de 19 filmes, de 11 países como Austrália, França, Peru, Líbano, México, República da Libéria, entre outros, sendo seis filmes brasileiros e dois realizados em Ubatuba, para fazerem parte da mostra competitiva, que serão exibidas em cinco sessões de cinema pé na areia.

Entre eles, destaques para os filmes Skimboard Nazaré, dirigido por Loic Wirth, sobre o campeão mundial de skimboard Lucas Fink, que encara seu maior desafio: descer as montanhas de água de Nazaré com sua pranchinha sem quilhas; Iballa Corazon de Escamas, dirigido por Jose Hernández, sobre as irmãs Ruano Moreno, campeãs de windsurf, que se tornaram uma grande referência na luta das mulheres para igualarem as premiações das grandes competições; Over the Edge, dirigido por Andrew Kaineder, que acompanha a transição de Matt Bromley, do surf competitivo para a perseguição de ondas colossais; Bangla Surf Girls, dirigido por Elizabeth D. Costa (Bangladesh), e roteirizado por Lalita Krishna (presença confirmada no festival) que mostra a história de Shobe, Aisha e Suma, três meninas que lutam para surfar em Bangladesh; e Water Get No Enemy, onde os diretores Damien Castera e Arthur Bourbon acompanham crianças que trocam a guerra pelo surf na Libéria (Lista completa abaixo).

Homenagem a Klaus Mitteldorf

Conceituado fotógrafo e cineasta, Klaus Mitteldorf é o grande homenageado da 2ª edição do Festival Internacional de Surf de Ubatuba, que estará presente no evento de encerramento, domingo (19), para um bate-papo e apresentando pela primeira vez ao público de Ubatuba o longa Vou Nadar Até Você, sobre um documentarista alemão que volta para Ubatuba para tentar montar um filme com imagens de surfe dos anos 70. O filme foi rodado em Ubatuba e conta com a atriz Bruna Marquezine e grande elenco.

Conhecido por suas fotografias de moda e experimentais, Klaus iniciou a carreira de fotógrafo nos anos 70 com o surf, e realizou o que é considerado o primeiro filme de surfe do Brasil, chamado Terral. Para o FICSU, o diretor resgatará um material inédito que será exibido exclusivamente no encerramento do festival com o nome de Era uma vez em 1975, Terral.

Filme conta com participação da atriz Bruna Marquezine.Divulgação
Filme conta com participação da atriz Bruna Marquezine.

O festival apresenta uma série de atividades paralelas como shows musicais de Luara e as Cumadres (Samba) e Paulo Meyer & Burning Bush (Rock); Rodas de conversas com temas sobre Surf Feminimo e Sustentabilidade; Oficinas para crianças, Oficina de Cinema, Aula de Yoga & Mantras, Live painting de pranchas, ações como retorno ao mar de tartarugas no mar, em parceria com a Fundação Projeto Tamar, no Dia Mundial da Tartaruga Marinha; Oficina de surf para Mulheres (Diva surf school), com Dani Reis e Paulinha Gil; Oficina Experimental Clicando na Água, com Lucas Pupo, ABC/LiquidoPhoto; Oficina de PranaYama, ativando o fluxo da vida, com Marina Athanas; Oficina de Filmagem de Drone para Surf, com Bruno Amir, e muito mais.

Na parte ambiental, através de parcerias com a Cooperativa de Reciclagem de Ubatuba e a Nutre Terra, onde todos os resíduos (sólidos e orgânicos) do festival terão destinação ambientalmente correta, somando-se a isso um mutirão de limpeza de praia coordenada pela Sea Shepherd, que irá garantir que a praia ficará ainda mais limpa que antes do início do FICSU. “Oficinas ambientais e uma roda de conversa com especialistas da área devem gerar reflexões acerca da necessidade do cuidado com a natureza e um aumento da conscientização ambiental.”, completa o diretor.