Reino Unido

Surfistas contra o esgoto

Entidade ambiental inglesa Surfers Against Sewage relata tática de desinformação no debate nacional sobre despejo de esgoto nos rios e mares do país.

Surfers Against Sewage se posicionam no debate sobre investimentos na área de esgoto na Inglaterra.

Os surfistas do Reino Unido estão longe de ser alienados e nem aí com nada. O movimento Surfers Against Sewage (surfistas contra o esgoto), da Inglaterra, afirma que o projeto governamental de redução do esgoto bruto despejado nos rios e mares pelas companhias de água custaria até 660 bilhões de libras são enganosos e fazem parte de uma campanha de desinformação, de acordo com os especialistas.

Estes números foram divulgados pelos parlamentares conservadores, como parte das explicações aos constituintes sobre o motivo pelo qual eles votaram contra a emenda original, que causou polêmica nacionalmente.

A alegação é a de que seria irresponsável que qualquer governo tornasse as descargas ilegais, enquanto o remédio custaria de £ 150 bilhões a £ 650 bilhões para transformar todo o sistema de esgoto. A culpa dos altos investimentos seria por conta dos sistemas antigos, apesar de a indústria ter sido privatizada desde 1990.

No entanto, documentos vazados da agência ambiental, a indústria de água de Ofwat, e que ainda não foram publicados, detalham uma gama de opções de baixo custo para lidar com as piores e mais prejudiciais descargas de esgoto, com valores que variam de £ 3,9 bilhões a £ 62,7 bilhões, com um impacto nas contas de água em médias entre £ 19 e £ 58 anuais por consumidor. Ou seja, valores bem ao alcance da indústria.

Hugo Tagholm, do grupo ambientalista Surfers Against Sewage, disse que colocar uma cifra de £ 660 bilhões em domínio público era uma atitude de desinformação destinada a assustar o público.

“Os números estão entre £ 3,7 bilhões e £ 62 bilhões para lidar com o pior da poluição por esgoto. Isso está dentro dos lucros e dividendos dessas empresas e se fosse repassado para o consumidor, poderia ser feito a um nível acessível. ”


As informações são da Carve Mag.

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