Oceano Pacífico

Onda rebelde surge do nada

Pesquisadores confirmam onda rebelde de 57 pés que aparece a cada 1.300 anos no litoral da Colúmbia Britânica, Canadá, Oceano Pacífico.

Nazaré Tow Surfing Challenge 2021, Praia do Norte, Nazaré, Portugal

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The most extreme rogue wave on record

Em 2020 uma onda gigante, de 57 pés (cerca de 17,6 metros) surgiu de repente no meio da costa da Colúmbia Britânica, Canadá, no Oceano Pacífico. Segundo o site Conexão Planeta, a onda tinha o equivalente à altura de um prédio de quatro andares e era desproporcionalmente maior do que outras ondas daquela área.

O fenômeno natural foi registrado através de boias de medição em novembro daquele ano e confirmado como o mais extremo já documentado graças ao estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Victoria.

Chamadas de rogue waves (ondas rebeldes), essas paredes de águas já foram observadas antes e definidas como aquelas que apresentam o dobro do tamanho de outras ao redor. Acredita-se que ocorram a cada 1.300 anos. Outras maiores do que a ocorrida na costa canadense já foram relatadas. No passado distante, acreditava que eram “histórias” de marujos.

Também conhecidas como ondas-aberração ou ondas-assassinas, sua tendência de ocorrer inesperadamente e com grande força as torna perigosas. Contudo, até hoje só foram observadas em alto mar.

Em 1995, uma dessas ondas imensas e surpreedentes, com 26 metros de altura, quase derrubou uma plataforma de petróleo a 160 km da costa da Noruega. Foi a primeira a ser oficialmente registrada pela ciência.

Gráfico exibe diferença para demais ondas.Divulgação / Universidade de Victoria
Gráfico exibe diferença para demais ondas.

O que fez o evento do Canadá chamar a atenção de físicos é que em comparação às ondas próximas, a de 2020 era absurdamente maior. As demais mediam cerca de 6 metros de altura, ou seja, a rebelde teve quase o triplo do tamanho.

“Somente algumas ondas assim em alto mar foram observadas diretamente e nada desta magnitude”, diz Johannes Gemmrich, físico e astrônomo da Universidade de Victoria.

“A imprevisibilidade das ondas traiçoeiras e o poder absoluto dessas ‘paredes de água’ podem torná-las incrivelmente perigosas para as operações marítimas e para o público”, ressalta o pesquisador Scott Beatty, CEO do MarineLabs.

“O potencial de prever essas ondas permanece uma questão em aberto, mas os nossos dados ajudam a compreender melhor quando, onde e como elas se formam e os riscos que representam”. O vídeo acima foi publicado no canal ScienceAlert.

Fonte Conexão Planeta

 

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