Elefante-marinho

Animal visita o Arpoador

Elefante-marinho nada tranquilamente entre surfistas e banhistas no Arpoador, Rio de Janeiro (RJ).

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Apesar de rara, aparição de elefante-marinho no Rio não é inédita.Agnes Dietrich/G1
Apesar de rara, aparição de elefante-marinho no Rio não é inédita.

Um elefante-marinho foi visto nadando tranquilamente na manhã da última segunda-feira (13), na Praia do Arpoador, zona sul do Rio de Janeiro (RJ). O animal passou muito perto da areia e circulou entre surfistas, alunos de escolinhas e banhistas.

A fotógrafa uruguaia Agnes Dietrich, de 31 anos, conseguiu fazer imagens do animal e enviou ao G1. Ela contou que o mamífero saiu da altura do Posto 8 de Ipanema e passou rapidamente pela praia.

“Eu já tinha visto em Punta Del Leste, mas aqui não. A galera ficou muito feliz de ver, eles correram para ver onde ele ia”, contou a fotógrafa.

Vindos da Argentina ou Uruguai

Biólogo marinho da Fiocruz, Salvatore Siciliano explicou que o elefante-marinho, de nome científico Mirounga leonina, ainda é jovem e deve ter menos de 2 anos. De acordo com o especialista, não é comum a aparição do animal nas praias do Brasil.

“Não é comum, mas de certa forma esperado. São indivíduos vagantes, costuma acontecer”, disse. O biólogo chefe do AquaRio disse que o animal veio da Patagônia e da região do Uruguai e Argentina.

“Uma certa época do ano eles saem para buscar comida e no inverno eles têm que fazer viagens mais longas. Às vezes os machos jovens inexperientes acabam se aventurando em águas um pouco mais distantes e acabam sendo pegos por correntezas, ventos ou até mesmo atrás de algum cardume e acabam chegando até o Brasil cansados”, explicou.

Ainda de acordo com o especialista, apesar da aparição rara, ela não é inédita. Os elefantes-marinhos aparecem mais na região na Sul, mas já houve registro do mamífero no Rio.

“A recomendação é entrar em contato com a autoridade responsável para fazer o acompanhamento do animal, para que nenhum curioso chegue muito perto e, caso necessário, entrar em contato com alguma instituição que possa fazer o resgate e reabilitação do animal”, completou Salvatore Siciliano.

Fonte G1