No começo do mês de dezembro, a ISA soltou uma declaração oficial sobre o polêmico desenvolvimento da torre de julgamento no Taiti, Polinésia Francesa, para os jogos Olímpicos Paris 2024.
Jeremy Flores, ex-top do CT, que é francês de Ilhas Reunião, foi até as suas redes sociais para falar sobre a situação. Segundo a Surfer, o clima está tenso desde que uma embarcação colidiu com um recife perto de Teahupoo, o que danificou alguns corais.
Flores começa relatando a posição de dois surfistas taitianos, Vahine Fierro e Kauli Vaast, que se classificaram provisoriamente para à Paris 2024. “Só para deixar claro, os atletas locais, principalmente Vahine e Kauli que moram lá, estão na primeira fila desde o início, participando de reuniões, fazendo com que as Olimpíadas entendam a gravidade da situação”, escreve Flores.
“Eles têm levantado a voz internamente desde o início de tudo isso. Os taitianos estão ofendidos pela falta de respeito pelo nosso lugar sagrado”, continua. “É o nosso templo. É uma crença espiritual, encarnação viva da nossa herança e da nossa terra ancestral”.
Jeremy também aborda algumas das críticas de que os próprios surfistas qualificados às Olimpíadas não estão fazendo o suficiente.
“Não é responsabilidade dos ‘atletas olímpicos’ ter que lidar com as decisões do governo”, expõe. “Prefiro ver todas as grandes organizações de surfe levantarem a voz para encontrar as melhores soluções, em vez de pressionarem os surfistas. As associações em Teahupoo estão fazendo um excelente trabalho para garantir que o lugar seja respeitado e que suas vozes sejam ouvidas”.
Por fim, Flores explica que “tem estado em contato constante com os governos nos últimos meses. É uma situação muito complexa. Há muito mais acontecendo nos bastidores. Farei questão de sempre dar minha opinião honesta. Vamos manter tudo saudável e o diálogo aberto”.
Amigo de longa data de Flores, o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater foi direto aos comentários. “Bem dito”, afirmou Slater.
Fonte Surfer