Mundial de Parasurfe

Figue Diel vai ao Havaí

Atual campeão mundial, Elias Figue Diel disputa seletiva no Havaí para garantir uma vaga no Mundial de Parasurf.

Figue Diel

Figue Diel

Figue Diel é atual campeão mundial.

Nesta semana, o surfista catarinense Elias Figue Diel embarca para o Havaí para representar o Brasil na etapa inaugural do Circuito Mundial de Parasurf Profissional. A competição será na praia de Waikiki, em Honolulu, paraíso havaiano famoso pelas ondas lentas e longas. O evento inicia no dia 7 de junho com cerimônia de abertura, já as baterias começam no dia seguinte e seguem até o dia 11 de junho.

A etapa inaugural será a primeira fase para o Campeonato Mundial de Parasurf, tradicionalmente realizado na Califórnia (EUA), que reúne os melhores atletas do surfe adaptado. O Hawaii Adaptive Surfing Championships é organizado pela Associação de Parasurfistas Profissionais, em parceria com a AmpSurf.

Figue é o atual campeão mundial de parasurf na categoria deficientes visuais totais, título que carrega com alegria e entusiasmo, sem gerar expectativas frente aos possíveis resultados. Este ano, a organização nacional para a competição ganhou nova roupagem: agora, os atletas cumprem com uma agenda de etapas seletivas para garantir uma vaga no campeonato mundial.

“O treino é diário, porque o surfe e o yoga são meu estilo de vida. Esse treino integra cuidados com a alimentação, nutrição esportiva, sessões de escalada, exercícios de pilates para o fortalecimento corporal. A atitude por trás das minhas ações, seja dentro ou fora da água, é de fazer o meu melhor. O resultado é um presente divino”, comenta.

Fora o treino, o que um surfista deve fazer para ser o melhor dentro da água? Se divertir! E nesse quesito, o atleta da Praia Brava, em Itajaí (SC), se garante. Devido à deficiência visual, causada em um acidente de carro aos 16 anos, Figue é acompanhado dentro do mar por amigos, que garantem a segurança do atleta e dão a letra sobre as condições da natureza. São os amigos que orientam para qual lado a onda está abrindo.

A deficiência tornou a conexão com a natureza ainda mais sutil. Atento ao momento presente, consciente do que está ao redor, Figue despertou outros sentidos. Sem a visão, a leitura do mar se dá no toque na superfície da água, por exemplo, que muda de acordo com a direção do vento e das marés.

“Tenho a oportunidade de dividir as ondas com grandes amigos, que integram a equipe e me acompanham nas competições. Isso é uma bênção. Sou muito grato pelas amizades”, diz.

Quem vestirá a lycra para acompanhar o atleta nas ondas do Havaí é o surfista Bruno Barbieri, amigo de longa data. Bruno esteve com Figue no mundial em 2021, levando a medalha de ouro pelo desempenho como guia. Da areia da praia, o irmão Cláudio Diel dará o suporte necessário para a dupla.

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