Rip Curl WSL Finals

Americanos buscam lugar ao sol

Atletas norte-americanos garimpam uma vaga para a grande final da temporada 2021 do Circuito Mundial da WSL.

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Para descobrir a última vez que um surfista dos Estados Unidos, além de Kelly Slater, ganhou um título mundial, é preciso voltar ao título de C.J. Hobgood em 2001. Antes disso, foi Tom Curren em 1990.

Claro, Slater tem seu recorde de 11 títulos, que no momento parece intocável por qualquer pessoa atualmente no Tour, mas estamos olhando para duas décadas desde a última vez que qualquer outro além do extraterrestre levantou a taça.

A temporada 2021 foi amplamente dominada por três brasileiros no Masculino: Gabriel Medina, que já garantiu a sua vaga no Rip Curl WSL Finals, Italo Ferreira, que está em segundo, e Filipe Toledo, que acumula sua segunda vitória na temporada.

Griffin Colapinto está em posição privilegiada entre os norte-americanos.

Griffin Colapinto, da Califórnia, é o americano mais próximo do título até o momento, depois de um terceiro lugar no Surf Ranch Pro. Ele está em posição privilegiada para se classificar entre os cinco finalistas.

Posicionado a menos de 400 pontos atrás do estreante Morgan Cibilic, e a dois eventos da coroação do campeão mundial, Colapinto pode subir ainda mais na tabela de classificação para o WSL Finals, entre os cinco finalistas, se ele conseguir bons resultados nessas etapas.

O próximo evento no México é relativamente familiar ao americano e parece uma excelente oportunidade para vencer o seu primeiro evento no CT. Ele certamente já estudou os vídeos da vitória de Andy Irons no Rip Curl Search de 2006, que colocou Barra De La Cruz no mapa.

Apesar de atualmente competir pelo Japão, Kanoa Igarashi foi criado e competiu muito tempo pelos EUA.

A carta na manga de Colapinto para o evento mexicano será o seu frontside, se o swell estiver bombando e o fundo de areia estiver bom. Já vimos Colapinto fazer algumas sessões de peso em Backdoor e Off The Wall no inverno passado, e não esqueçamos o que ele já fez em Kirra, lá em 2018.

Depois disso, o Tour segue para o Taiti, onde mais uma vez, as habilidades de Colapinto na arte de entubar podem se sobressair. Ele teve resultados mistos em Teahupoo, um resultado fraco em 2018, mas deu a volta por cima e arrancou um respeitável nono lugar em 2019. Dado seu nível de confiança atual e a evolução do seu surfe, qualquer coisa pior do que terminar nas quartas de final seria uma decepção.

Mas Colapinto não é o único surfista americano que pode estar entre os cinco finalistas do ano. Kanoa Igarashi está logo atrás de Colapinto, em sexto lugar na Tabela de Líderes da WSL. Sim, ele compete com a bandeira japonesa no ombro, mas Igarashi surfou muito como amador pelos EUA e cresceu surfando em Huntington Beach.

Conner Coffin também busca sua vaga para a grande decisão.

Em oitavo lugar no ranking da WSL, está Conner Coffin. Assim como para Colapinto e Kanoa, Coffin depende de bons resultados nos dois últimos eventos da temporada de CT. Criado em Rincon, existem poucos surfistas no Tour que são melhores do que ele em pointbreaks. Ele poderia facilmente vencer no México, especialmente com Medina e Ferreira surfando de backside.

Os resultados de Coffin em Teahupoo não foram lá muito bons, mas não é por falta de talento. Se ele conseguir entrar em um bom ritmo e se conectar à onda, o Taiti passa a ser uma possibilidade de boa pontuação.

Colapinto, Igarashi e Coffin cresceram competindo por títulos nacionais e juniores em Lowers. Se eles conseguirem mandar bem nas próximas etapas e ficarem entre os cinco que se classificam às finais do WSL Rip Curl Finals, todos lutarão pela chance de buscar o título.

Fonte WSL