Margaret River

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Preocupada com ataques de tubarão, WSL pede para que Tops da elite mundial não surfem em Margaret River neste dia de folga.

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A WSL anunciou que continua avaliando a atual situação em Margaret River, Austrália, onde ocorreram dois ataques de tubarão perto de Gracetown, nas últimas 24 horas.

“Agimos com nossos protocolos de segurança bem estabelecidos e estamos reunindo todas as informações mais recentes para determinar os próximos passos. Continuaremos a colaborar com todos os envolvidos, principalmente os surfistas. A segurança continua a ser primordial”, informou a WSL.

A competição de hoje (terça-feira na Austrália) já foi adiada e todos os surfistas foram aconselhados a não surfarem na área. “Estamos constantemente avaliando a situação e atualizamos o mais breve possível”, finalizou a nota emitida pela WSL.

Os incidentes ocorreram nos picos de Cobblestones e Lefthanders. As vítimas – um free surfer argentino e outro australiano, respectivamente – tiveram ferimentos nas pernas. Em Lefthanders, o tubarão fez um estrago na prancha do australiano de 41 anos.

Campeão mundial em 2014, Gabriel Medina fez um desabafo nas redes sociais nesta segunda-feira. “Eu não me sinto seguro treinando e competindo nesse tipo de lugar. A qualquer hora pode acontecer alguma coisa com um de nós. Espero que não. Deixando minha opinião antes que seja tarde!”, comentou Medina.

Mais tarde, Adriano de Souza – campeão do mundo em 2015 – compartilhou o post do compatriota e soltou o verbo. “Nem eu me sinto seguro. Acordar cedo aqui para treinar, a cada ano que passa, fica cada vez mais difícil. Parece que temos que perder alguém no nosso grupo para aí, sim, abrirem os olhos. Obrigado, Gabriel Medina”.

Líder do ranking mundial ao lado do australiano Julian Wilson, Italo Ferreira também mostrou insegurança. “Dois ataques de tubarão em menos de 24h aqui na Austrália. Detalhe, a apenas alguns quilômetros de onde está sendo realizado o evento. Muito perigoso, não acham? Mesmo assim, continuam insistindo em fazer etapas onde o risco de ter esse tipo de acidente é 90%, aí eu pergunto: a segurança dos atletas não é prioridade? Já tivemos vários alertas. A vida vale mais do que isso! Espero que não aconteça com nenhum de nós. Eu não me sinto confortável treinando e competindo em lugares assim!”, protestou um dos líderes do Tour.

E uma imagem curiosa tem despertado a atenção de muitos internautas. Durante a quarta bateria da primeira fase da etapa, disputada em North Point, um grande peixe aparece numa onda surfada pelo bicampeão mundial John John Florence. Seria um tubarão ou um golfinho? Veja abaixo, aos 9min34s do vídeo.