Margaret River Pro

Filipe mira o topo

"Tem que respeitar o 'garoto'". Filipe Toledo leva derrota para Kelly Slater na esportiva e, em quarto do ranking, chega com moral para o Margaret River Pro no oeste australiano.

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Kelly Slater e Filipe Toledo se cumprimentam após o esperado duelo das quartas de final em Keramas.

Quarto colocado no ranking, a apenas 1.550 pontos do líder, o brasileiro Filipe Toledo chega animado para a quarta etapa do Championship Tour em Margaret River, no sudoeste da Austrália, de 29 deste mês até 9 de junho.

A expectativa é se manter na briga pela ponta, de olho no título mundial e também na vaga olímpica para os Jogos de Tóquio 2020. “Estou animado, sempre! Tive a chance de chegar lá, mas deixei escapar. Então, agora é hora de fazer um bom resultado e se manter na briga”, fala.

“Os Jogos Olímpicos estão sempre no pensamento. Será um momento histórico e quero estar lá. Um orgulho representar o Brasil e, quem sabe, garantir uma medalha”, acrescenta o surfista. Vale destacar que na disputa pela vaga olímpica, estarão classificados para Tóquio 2020 os dois melhores brasileiros no ranking mundial desta temporada.

Em Margaret River, ele estreia na sexta bateria, enfrentando o havaiano Sebastian Zietz e o perigoso wildcard local Jack Robinson. “Não dá para ficar escolhendo adversários quando se está entre os melhores do mundo”, comenta o sufista natural de Ubatuba (SP) e que atualmente mora em San Clemente, Califórnia (EUA).

Toledo está a apenas 1.550 pontos do líder do ranking John John Florence.

Filipe também não perde a tranquilidade quando o assunto são os tubarões. A etapa, que tem ondas grandes, também é conhecida pela presença dos temidos peixes e, ano passado, chegou a ser cancelada por esse motivo. “Eles sempre estarão lá, afinal é o habitat deles. Acontece que ano passado, estava atípico por conta das baleias que estavam mortas na costa. Acho que quando estamos lá não dá muito para ficar pensando nisso, a não ser quando eles aparecem na sua frente (risos)”, diz.

O surfista vem de duas atuações marcantes no Tour, o vice-campeonato em Bells Beach, também na Austrália, e a bateria mais badalada da temporada até agora, contra Kelly Slater em Keramas, Indonésia, pelas quartas de final, terminando na quinta colocação.

Apesar de toda a expectativa criada no último confronto, ele descarta qualquer sentimento de revanche. “Sempre é bom vencer ele, mas tem que respeitar o ‘garoto’. Afinal, são 11 títulos mundiais e eu nem tenho um ainda (risos)”, ressalta o atleta, que tem os patrocínios da Hurley, Oi, Monster, Nike, Oakley, Jeep, GoPro, SumBum, Smoothstar, Stance, Sharp Eye Surfboards e FCS.