Rip Curl Pro Bells

Filipe mira o sino

"O surfe está no pé. Se as ondas vierem, vou mostrar o meu potencial e é isso que mais quero", comenta o Top brasileiro, de olho no título do Rip Curl Pro, a partir desta terça-feira (16), em Bells Beach.

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Filipe Toledo treinou forte nas ondas da Gold Coast.

Nono colocado na abertura do Tour desse ano, na Gold Coast, o brasileiro Filipe Toledo aposta em uma boa performance no Rip Curl Pro Bells Beach, também na Austrália, para se recuperar no Championship Tour.

O atleta de Ubatuba e radicado em San Clemente, na Califórnia (EUA), será o segundo brasileiro a estrear na segunda etapa do ranking, a partir desta terça-feira (16), surfando na terceira bateria contra os norte-americanos Griffin Colapinto e Kelly Slater.

“Quero apenas ter boas oportunidade na bateria. O surfe está no pé. Se as ondas vierem para mim, vou mostrar o meu potencial e é isso que mais quero”, avisa Filipinho, já sabendo a estratégia em Bells Beach. “Tudo vai depender muito das condições do mar, mas teoricamente é sempre escolher as maiores e manobrar forte nas partes mais críticas da onda”, ressalta.

Ele também comenta ter o ícone Slater logo na estreia e enfrenta a situação com bom humor. “Bom para ir logo aquecendo as canelas (risos). Se pretende vencer, tem logo que já ir colocando seu ritmo”, afirma o atleta, que em Bells Beach tem como melhor resultado dois quintos lugares, em 2013, temporada de estreia no Tour, e 2017. No ano passado, parou na 13ª posição, superado por Italo Ferreira.

Atleta parte para as direitas de Bells Beach em busca da primeira vitória na temporada.

Sobre a etapa anterior, na Gold Coast, Filipe explica que faltou a onda que precisava, mesmo tendo a melhor nota da bateria, um 7.77, sendo superado pelo havaiano bicampeão mundial John John Florence por menos de um ponto.

“Não adianta ficar pegando ondas ruins contra caras como John John”, disse o terceiro melhor do mundo de 2018, que além do título mundial 2019 tem como foco a vaga olímpica para defender o Brasil nos Jogos de Tóquio 2020.

Os dois melhores brasileiros do ranking da World Surf League (WSL) estarão classificados para a seleção brasileira.

“O desejo de representar o Brasil em uma Olimpíada é muito grande, mas para isso temos de trabalhar forte o ano todo. Novamente!”, completa Filipe, que tem os patrocínios da Hurley, Oi, Monster, Nike, Oakley, Jeep, GoPro, SumBum, Smoothstar, Stance, Sharp Eye Surfboards e FCS.