El Salvador Pro

Todas as excelentes

Veja todas as notas acima de oito pontos anotadas no El Salvador Pro.

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Deu Estados Unidos na categoria masculina do El Salvador Pro. Filipe Toledo botou fogo na final com 9.57 pontos, porém Griffin Colapinto anotou 9.00 logo depois, e quando restavam três minutos virou com 8.00. O placar ficou 17.00 a 16.00. Com o resultado o brasileiro segue líder do ranking, e o norte-americana aparece em terceiro lugar. Italo Ferreira, que parou na semi, está em quarto.

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A final teve 40 minutos de duração, Filipinho incendiou a disputa aos 13. O brasileiro voou alto num alley oop perfeito, executou um cutback e voou com reverse na junção. A nota foi 9.57 pontos, a segunda maior do evento, que só fica atrás da 9.70 conquistado por ele próprio, na semifinal.

Filipe Toledo perde segunda final no ano para Griffin Colapinto.

As condições estavam muito difíceis em Punta Roca, que funcionava com séries de pouco mais de um metro, porém com formação irregular. Griffin não deu muita folga para Filipe e logo deu o troco.

Quando restavam 24 minutos o norte-americano fez uma onda longa com seis manobras, algumas contundentes. Ele recebeu 9.00 e foi pra liderança, mas Filipe surfou ainda na mesma série e retomou a primeiro posição com 5.17.

Griffin pegou algumas ondas, quase todas fracas, e não mudou o placar até quando faltavam 11 minutos para o fim. O brasileiro surfou primeiro, largou com um aéreo de rotação completa, fez um cutback e depois ainda soltou mais manobras na parte menor da direita. O norte-americano, na mesma série, fez um aéreo sem rotação, um floater, algumas manobras sem muita expressão até atingir a junção. Filipe recebeu 6.43 pontos e Griffin 7.00 e a bateria ficou empatada, com os dois tendo 16.00.

As ondas deram uma sumida, mas quando restavam três minutos o norte-americano entrou em ação. Griffin fez um aéreo reverse, seguido de um cutback e de um aéreo com rotação. Ele precisava de 7.01 pontos, recebeu 8.00 e venceu a etapa.

“Obrigado por todo o apoio e carinho que recebi aqui em El Salvador”, diz Filipe. “Eu me sinto honrado pela posição que estou hoje. Está sendo um ano bastante divertido e é muito bom voltar ao Brasil, para recarregar minhas baterias e tentar vencer novamente lá. Sei que tem muito trabalho a fazer ainda, mas está indo tudo bem até agora. Estou muito feliz por fazer mais uma final e agradeço a minha família, feliz aniversário para a minha mãe e obrigado à minha equipe por todo o suporte durante toda essa temporada”.

Essa foi a segunda vitória de Griffin Colapinto em finais contra Filipe nesta temporada. Os dois também se enfrentaram na bateria masculina mais importante do evento português. Essa foi a quarta final do brasileiro, que venceu em Bells Beach, e foi vice também em G-Land.

“Foi muito louco isso. Eu fiquei perplexo que estávamos empatados, então fiquei pensando que não podia terminar assim”, conta Griffin. “Eu tinha que ter mais uma chance para tentar e eu simplesmente adoro quando estou nessa posição. Eu e o Filipe (Toledo) já tivemos algumas batalhas. Ele ganhou de mim em G-Land, então estou muito feliz em dar o troco aqui, mas ele está surfando muito bem. Naquele 9,57, já vi que era o Filipe fazendo uma das suas. Esta final pareceu ter sido melhor do que a de Portugal e estou apenas curtindo tudo isso”.

Virada também sobre Medina – Antes de chegar na final, Griffin venceu na semi também com virada perto do fim, e também em cima de um brasileiro. A bateria contra Gabriel Medina teve 50 minutos de duração. O norte-americano e o brasileiro ficaram quase que lado a lado, mas o brasileiro se manteve sempre mais dentro do pico, o que daria a prioridade a ele caso uma direita boa surgisse próxima dos dois. Depois de 15 minutos sem surfe, a disputa foi reiniciada.

Griffin abriu o duelo cinco minutos após o reinício e errou a primeira manobra, largando com apenas 1.00 pontos. Dois minutos depois ele colocou 4.50 no somatório. Na sequência Medina entrou em ação pela primeira vez na bateria. Ele bateu forte e errou a segunda pancada para largar com 2.67.

O norte-americano deu um duro golpe no brasileiro quando restavam 23 minutos para o fim. Griffin rasgou forte, bateu chutando a rabeta, rasgou, bateu mais uma vez passando as quilhas por cima do lip e deu outra pancada. A nota 8.50 pontos deixou o brasileiro na necessidade de 13.00 para assumir a liderança.

Gabriel Medina fica em terceiro lugar na etapa.

Gabriel e Griffin erraram nas ondas seguintes, e quando restavam 17 minutos o brasileiro acelerou e voou alto com rotação, na única manobra da onda. Ele recebeu 5.50 pontos dos juízes e diminuiu a diferença para 7.51.

Seis minutos depois o brasileiro voltou a surfar. Ele começou a apresentação com um aéreo reverse, depois rasgou, bateu reto, rasgou novamente, fez um floater e deu outra pancada. Medina assumiu a primeira posição com 7.67 pontos.

Griffin ficou na prioridade e Medina se posicionou mais pro inside de Punta Roca. O brasileiro voltou a surfar quando restavam cinco minutos para o término do confronto. Ele rasgou, bateu chutando a rabeta e depois fez mais quatro manobras na parte menor da direita. O norte-americano surfou no minuto seguinte, e rasgou, fez um floater e bateu na junção chutando a rabeta.

A nota dos dois demorou a sair. Medina recebeu 5.30 pontos e não mudou sua média, já Griffin tirou 4.80 e venceu a bateria. O brasileiro ficou pela segunda vez consecutiva no CT 2022 em terceiro lugar.

Filipe x Italo – Filipe Toledo garantiu vaga na final após derrotar Italo Ferreira na semi. No momento da bateria as direitas de até 1,5 metro de Punta Roca estavam um pouco irregulares, mas com algumas seções limpas.

Italo começou melhor, com 5.83 pontos contra 4.33 do adversário. Filipe assumiu a liderança da disputa aos sete minutos. Ele fez uma batida, depois executou um aéreo com revesse e rasgou mais duas vezes. A nota foi 5.00 pontos.

Italo recuperou a ponta aos 15 minutos. Ele rasgou forte e deu mais três pancadas para anotar 6.77 pontos. Filipe passou a necessitar de 7.60 e chegou perto da nota no minuto seguinte, quando fez quatro rasgadas e uma batida na junção. Ele conquistou 7.40.

Ialo Ferreira se despede do El Salvador Pro 2022 na terceira posição.

Filipe precisava de 5.20 pontos para assumir o primeiro lugar. Enquanto Italo pegava várias ondas, porém fracas, Filipe esperava no pico, até que quando restavam oito minutos para o término ele entrou em ação. Filipinho rasgou e voou alto num alley oop completado com segurança, depois voou novamente com reverse na junção. A nota foi a maior do El Salvador Pro, 9.70.

Italo passou a necessitar de 17.10 pontos para vencer. Ele até trocou de nota, mas não mudou sua situação na bateria e terminou a etapa em terceiro lugar.

Stephanie campeã – Na categoria feminina quem levou a melhor foi Stephanie Gilmore. A australiana venceu a norte-americana Lakey Peterson na finalíssima.

A bateria mais importante delas na etapa rolou em condições difíceis para o surfe, com séries demoradas e direitas irregulares. As duas atletas chegaram na metade da disputa com pontuações baixas, mas com Lakey na frente, tendo como melhor nota 3.00 pontos. Stephanie tinha 1.03 no somatório das suas duas melhores apresentações, e precisava de 4.27 para reverter o placar.

O duelo esquentou aos 21 minutos. Lakey bateu, rasgou, executou um floater pra passar uma seção, deu outra pancada e escalou a espuma. A nota 6.67 deixou Stephanie na necessidade de 9.14 pontos.

Mas três minutos depois a australiana fez a maior nota do duelo, após dar quatro batidas e um cutback na direita e receber 7.33 pontos dos juízes. Stephanie passou a necessitar de apenas 2.34.

Stephanie Gilmore vence e sobe para a terceira posição no ranking.

A norte-americana marcou 4.00 pontos e se distanciou um pouco, mas a aussie fez duas rasgadas poderosas, além de um cutback, anotou 5.67 e pegou a primeira posição. Lakey ainda tinha cinco minutos pra tentar os 6.34 que precisava, mas só conseguiu uma onda pequena e terminou como vice-campeã.

“Muchas Gracias El Salvador, foi um evento incrível”, diz Stephanie. “Depois que eu passei pela Caroline (Marks), fiquei superconfiante e senti que poderia vencer aqui. A Lakey (Peterson) é uma surfista incrível também, então eu sabia que seria uma final muito difícil. Mas, eu amo isso, amo vencer, amo esse esporte. Podemos viajar para lugares incríveis, para surfar ondas incríveis. Isso é Pura Vida. Eu adoraria ganhar outro título mundial, mas tem muito trabalho duro para fazer, então quero curtir essa experiência aqui. Estou muito feliz”.

Semifinais femininas – A sexta-feira começou com a primeira semifinal feminina. A francesa Johanne Defay tinha chances de assumir a liderança do ranking, mas precisava vencer a etapa, porém deu Lakey no duelo.

A norte-americana fez uma melhor escolha de ondas e venceu com as três maiores notas da bateria, sendo 6.50 e 6.20 pontos as melhores. Com a derrota de Johanne, que se despediu da prova na terceira posição, a havaiana Carissa Moore sai de El Salvador ainda com a lycra amarela de líder do ranking.

A Stephanie venceu a norte-americana Caroline Marks na segunda semifinal. A heptacampeã mundial pegou as melhores ondas, surfou bem, de forma fluída, com ataques às partes críticas e avançou pra final com as duas maiores notas da fase, 7.50 e 7.00 pontos. Caroline começou com 6.17, mas depois perdeu a sintonia com Punta Roca, escolheu direitas sem potencial de boas notas e se despediu do El Salvador Pro em terceiro lugar.

El Salvador Pro 2022

Final masculina

Griffin Colapinto (EUA) 17.00 x 16.00 Filipe Toledo (BRA)

Semifinais

1 Griffin Colapinto (EUA) 13.30 x 13.17 Gabriel Medina (BRA)

Filipe Toledo (BRA) 17.10 x 13.20 Italo Ferreira (BRA)

Final feminina

Lakey Peterson (EUA) x Stephanie Gilmore (AUS)

Semifinais

1 Lakey Peterson (EUA) 12.70 x 9.67 Johanne Defay (FRA)

2 Stephanie Gilmore (AUS) 14.50 X 9.84 Caroline Marks (EUA)

 

Ranking masculino do CT 2022 após a sétima etapa

1 Fiipe Toledo (BRA) 40.040
2 Jack Robinson (AUS) 36.905
3 Griffin Colapinto (EUA) 32.150
4 Italo Ferreira (BRA) 28.300
5 Kanoa Igarashi (JPN) 28.110
6 John John Florence (HAV) 28.025
7 Ethan Ewing (AUS) 27.650
8 Callum Robson (AUS) 23.835
9 Barron Mamiya (HAV) 22.620
10 Miguel Pupo (BRA) 22.120
11 Caio Ibelli (BRA) 21.470
12 Jordy Smith (AFR) 20.780
13 Connor O’Leary (AUS) 20.695
14 Kolohe Andino (EUA) 19.355
15 Matthew McGillivray (AFR) 19.065
16 Kelly Slater (EUA) 18.640
17 Jake Marshall (EUA) 17.365
17 Samuel Pupo (BRA) 17.365
17 Nat Young (EUA) 17.365
20 Seth Moniz (HAV) 16.800
21 Jadson André (BRA) 15.375
22 Jackson Baker (AUS) 13.950
23 Gabriel Medina (BRA) 13.230
24 Yago Dora (BRA) 5.710

Ranking feminino do CT 2022 após a sétima etapa

1 Carissa Moore (HAV) 36.840
2 Johanne Defay (FRA) 35.065
3 Stephanie Gilmore (AUS) 32.930
3 Brisa Hennessy (CRI) 32.930
5 Lakey Peterson (EUA) 31.650
6 Tyler Wright (AUS) 28.660
7 Isabella Nichols (AUS) 27.320
8 Courtney Conlogue (EUA) 26.880
9 Tatiana Weston-Webb (BRA) 26.525
10 Gabriela Bryan (HAV) 24.325
11 Sally Fitzgibbons (AUS) 22.065
12 Caroline Marks (EUA) 12.875