Rip Curl GromSearch

Sophia Medina na missão

Sophia Medina é o Brasil na final internacional do Rip Curl GromSearch na Costa Rica.

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Aos 14 anos, Sophia Medina enfrenta atletas de todo o mundo em Playa Hermosa, Costa Rica.

Um dos principais campeonatos do mundo quando se fala em nova geração, o Rip Curl GromSearch terá a sua final internacional a partir desta quinta-feira (16) na Costa Rica.

As disputas Sub 17 serão realizadas em Playa Hermosa, que oferece ótimas condições de ondas, inclusive tubos. Atletas de 12 países estão escalados para tentarem os títulos no masculino e feminino, entre eles, a representante brasileira, Sophia Medina, da equipe Rip Curl e que chega com a missão de defender o famoso sobrenome, que também já fez história nesse evento, com o título de Gabriel Medina, em 2010, na Austrália.

O campeonato reúne os campeões regionais de seletivas feitas em várias partes do mundo e já revelou grandes nomes. Além de Medina, a lista de grandes nomes que hoje figuram entre os destaques da elite mundial, como os irmãos Owen e Tyler Wright, Steph Gilmore, Kolohe Andino, Filipe Toledo, Bethany Hamilton, Jordy Smith, Matt Wilkinson, Leonardo Fioravanti, Tatiana Weston-Webb e mais recentemente, Caroline Marks, atual líder do ranking mundial e que foi campeã na segunda edição realizada no Brasil, em 2017.

Cerimônia de abertura:

A primeira versão foi realizada em 2005, durante o Rip Curl Pro Bells Beach, na Austrália e Mason Ho venceu Jordy Smith e Matt Wilkinson. No Brasil, foram duas edições, ambas na Praia de Maresias, em São Sebastião, a primeira em 2015, com títulos de Samuel Pupo (o outro brasileiro a vencer este evento) e a costa-riquenha Leilani McGonagle, que aliás será a anfitriã este ano.

Na segunda vez, Carol Marks já mostrava que tinha futuro garantido e fez dobradinha com Kade Matson. A Costa Rica venceu duas vezes e também ergueu a taça com Brisa Hennessy, atual oitava colocada no CT. A janela da competição vai até domingo (19) e neste ano estarão competindo atletas da Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Portugal, França, Brasil, Costa Rica, Porto Rico e Canadá.

Sem pressão Sophia Medina, que completou 14 anos nesta quarta-feira sabe que enfrentará atletas de alto nível técnico e diz estar sem pressão por resultados nesta estreia na final do Rip Curl GromSearch. “Estou sem pressão, porque sou muito mais nova que as meninas, mas vou dar meu melhor. Treinei bastante para competir, estou bem física e psicologicamente. Estou surfando bem, com pranchas boas. Vou querer passar bateria por bateria”, diz a atleta da equipe Rip Curl.

Sophia com o troféu do campeão de 2010, Gabriel Medina.

Apesar de ser mais nova, ela sabe que carrega um sobrenome forte, que sempre gera expectativas. A preparação este ano foi em grande estilo, perto do irmão, primeiro no Havaí, na pré-temporada para o Tour, e depois na Austrália, durante as duas etapas iniciais, onde até disputou as triagens do Rip Curl Pro Bells Beach.

“Não me sinto pressionada, só um pouco ansiosa, porque é minha primeira final. Claro, vou tentar repetir o título de 2010, mas tenho duas chances (já está classificada para o evento de 2020, por ter sido bicampeã no Brasil este ano)”, reforça.

“Ele (Gabriel) sempre me dá dicas, já passou pelo que estou passando. Mas na água é diferente. Ele é homem e eu sou menina, mas tento fazer igual a ele. Aprendo muito”, conta Sophia, que se inspira no surf de outra campeã mundial, a havaiana Carissa Moore.

“Ela ganhou seu primeiro título muito nova, com 18 anos. Adoro o estilo dela, a pessoa que é”, elogia. “Sempre acompanho as meninas no Tour, me inspiro nelas, vejo vídeos e busco as melhores para tentar surfar igual”, completa Sophia Medina.

Os boletins diários do evento serão veiculados no site da Rip Curl.