Matt Meola

Maldivas de biquilha

Matt Meola apresenta repertório completo em sessão de biquilha nas ilhas Maldivas.

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Um dos magos dos aéreos, o versátil havaiano de Maui, Matt Meola, é mais uma mostra de como as biquilhas estão se espalhando pelo mundo. Ele, que é o tipo de cara que topa experimentar pranchas diferentes, não se lembra de ter tido alguma prancha de só duas quilhas na vida, como declarou em entrevista para a Stab. Detalhe, uma das seis pranchas embarcadas foi shapeada por ele mesmo.

É interessante constatar duas coisas. Primeiro, a maneira como ele surfou com essas pranchas. Para quem conhece seu surfe fica a sensação de que há muita velocidade e fluidez, mas falta um pouco de confiança em algumas curvas e, talvez por isso mesmo, ele ficou devendo um pouco em explosão.

Claro, alguns modelos do quiver, como a Tombston (mostarda) realmente não são feitos para verticalidade explosiva, mas mesmo as biquilhas com mais cara de performance pareciam escorregar um pouco mais do que ele gostaria ou esperava. Provavelmente por uma questão de costume com esse tipo de equipamento.

Segundo. A escolha de quilhas de twin fin para todas as pranchas deu uma pista sobre o tipo de surfe que ele estava a fim de tentar. Sim, pode-se experimentar de tudo, afinal, vai que dá certo. Mas o fato é que quem está mais acostumado e gosta desse tipo de prancha, com duas quilhas, também sabe que vale a pena usar keel (ou algo do tipo) fins, quilhas mais baixas e de base mais larga, em alguns modelos, especialmente nas mais “fishes”.

Antes que alguém ache que estou criticando a performance dele… Gostei de ver o surfe à la Meola executado com esse tipo de prancha. Achei o vídeo muito legal. Mostra mais uma vez o quanto as biquilhas estão entrando no mercado e deixa claro que, até um “air psycho” como Matt, pode sempre tirar muita diversão de pranchas diferentes do usual, mesmo que, depois da “viagem test drive”, ele resolva colocar uma trailer fin em algumas dessas pranchas.