Oi Hang Loose Pro Contest

Wiggolly embalado

Depois da vitória em Pipeline, Wiggolly Dantas compete nos tubos de Fernando de Noronha (PE) em busca da liderança do Qualifying Series.

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Wiggolly Dantas durante o Oi Hang Loose Pro Contest de 2011.

Especialista em tubos e vindo de uma extensa temporada no Havaí, onde acaba de sagrar-se o primeiro brasileiro campeão da etapa do Qualifying Series (QS) em Pipeline, o paulista Wiggolly Dantas chega em Fernando de Noronha disposto a assumir a liderança do ranking mundial. O atleta de 30 anos é um dos destaques do Oi Hang Loose Pro Contest, apresentado por Elétron Energy, que tem início no próximo dia 11 na Praia da Cacimba do Padre.

O evento realizado pela 15ª vez na Ilha abre a temporada QS na América Latina, com status 5.000 e já conta com atletas de 18 países. Guigui, como é conhecido, já fez pódio nessa etapa, em 2010, ficando em terceiro lugar, e também tem uma quinta colocação em 2012. Compete animado por gostar das condições das ondas da Cacimba e pela excelente vitória em águas havaianas.

“Estou muito feliz em chegar em Noronha com esse ótimo resultado. É um lugar especial, onde já fiz terceiro, já fiz quinto e é uma onda no Brasil de tubo, que gosto muito e parece até a praia que surfo de vez em quando lá em casa, o Félix”, afirma o surfista de Ubatuba, no litoral norte paulista, que já integrou o Championship Tour (CT), de 2015 a 2017.

Atleta acaba de vencer o QS 5.000 nos tubos de Pipeline.

A vitória em Pipeline o deixou na segunda colocação no ranking e ele sabe que pode seguir para a Austrália, depois de Noronha, como o novo líder. “Meu objetivo esse ano é fazer ótimos resultados e me requalificar para o CT, ser campeão do QS, então estou bem focado, treinando bastante e vou bem determinado para Noronha, para quebrar tudo”, avisa o surfista.

“A vitória me deu o fôlego que eu precisava, dei uma acordada, acendeu aquela chama dentro de mim e vai ter mais resultados bons esse ano”, diz. “Vencer em Pipeline era um sonho desde criança. Dediquei muito tempo naquela onda, muitos anos, foram muitas pranchas quebradas, muitas vacas (quedas), muitos tubos. Valeu a pena. Sou o primeiro brasileiro a vencer o Volcom Pipe Pro. Não tenho nem palavras e tenho de agradecer aos locais, porque se não fossem eles deixarem eu pegar altas ondas, não teria esse resultado”, comemorou.

Guigui sabe que ainda tem muita onda pela frente, mas não esconde as expectativas positivas para o seu retorno à elite do surfe mundial. “Venho treinando, me preparando para voltar bem ao CT. Fiquei no Havaí, abdicando de várias coisas, mas sei que quando treina duro, o resultado vem. E agora quero um ótimo resultado em Noronha para seguir firme”, completa Wiggolly Dantas.

Yago Dora é outro finalista de Pipeline confirmado no QS de Noronha.

Vale lembrar que em Fernando de Noronha seu melhor resultado foi o terceiro lugar, em 2010, barrado na semifinal por Raoni Monteiro, que foi o vice-campeão, com a vitória do norte-americano CJ Hobgood. Depois, em 2012, ficou na quinta posição, parando nas quartas de final, na disputa contra Miguel Pupo, que se tornou o vencedor. Já no ano passado, ficou 49ª colocação.

Também confirmados Além de Guigui, os outros dois brasileiros que também chegaram à final do QS Volcom Pipe Pro, João Chianca e Yago Dora, estão confirmados em Fernando de Noronha. Chianca é o atual campeão sul-americano profissional, enquanto que Yago foi o vice na etapa de 2019, vencida por Jadson André, que está de volta ao CT e também retorna ao evento.

O Oi Hang Loose Pro Contest, apresentado por Elétron Energy, já conta com mais de 100 atletas de 18 países. O vencedor da etapa, além dos 5 mil pontos no ranking QS, fatura US$ 15 mil. O evento é uma realização da World Surf League (WSL) com patrocínios da Oi e Elétron Energy, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo de Pernambuco, tendo como proponente o Instituto Incentiva, e da Hang Loose.