Repescagem de alto nível

Kelly Slater, Billabong Pro Jeffreys Bay 2006, África do Sul

Kelly Slater foi um dos destaques da repescagem do Billabong Pro Jeffreys Bay. Foto: ASP / Covered Images.
Depois de dois adiamentos consecutivos no sábado e domingo, a repescagem do Billabong Pro Jeffreys Bay foi realizada na última segunda-feira ainda em condições bem pequenas, com ondas de 1 metro em Supertubes, na África do Sul.

 

O paulista Adriano de Souza somou o maior número de pontos no dia em que o havaiano Andy Irons e outros oito top 16 do ranking acabaram em último lugar na competição.

 

Além de Adriano, o cabo-friense Victor Ribas e o carioca Pedro Henrique também avançaram para a terceira fase, com o Brasil seguindo quase com força máxima.

 

Victor Ribas passou por Dean Morrison e garantiu vaga na terceira rodada. Foto: ASP / Covered Images.
O único que não vai brigar por vagas nas oitavas-de-final da sexta etapa do ASP Foster´s World Championship Tour 2006 é o potiguar Marcelo Nunes, barrado pela segunda vez seguida pelo norte-americano Tim Reyes na repescagem.

 

A rodada começou bem para o Brasil depois que o norte-americano Damien Hobgood voltou para casa para acompanhar o nascimento do seu primeiro filho e deixou o caminho livre para o carioca Pedro Henrique avançar.

 

Depois, os brasileiros participaram de três confrontos seguidos e só Marcelo Nunes perdeu, superado pelo mesmo adversário que enfrentou no México pelo placar de 16,93 x 11,97 pontos.

 

Já o cabo-friense Victor Ribas conquistou a primeira vitória verde-amarela numa disputa acirrada contra o australiano Dean Morrison, que acabou definida por décimos de diferença: 15,67 x 15,34 pontos.

 

Mas, o paulista Adriano de Souza fechou com chave-de-ouro a participação brasileira na repescagem, registrando a maior somatória da segunda-feira na vitória sobre o norte-americano Cory Lopez.

 

Ele atingiu 17,60 pontos com as notas 8,17 e 9,43 recebidas em suas duas melhores apresentações, superando até o heptacampeão mundial Kelly Slater, que inaugurou a ?repescagem de gala? do Billabong Pro Jeffreys Bay despachando o também norte-americano Stirling Spencer por 17,50 x 8,50 pontos.

 

?Acho que estava com sorte hoje. O Cory começou bem com uma nota 8,17 e 6,5 e eu fiquei caçando as direitas no início da bateria. Mas, depois eu encontrei duas boas ondas e tirei um 8 e pouco e um 9 e tanto. Foi uma grande bateria e hoje foi certamente um dos melhores dias para mim desde que entrei no WCT?, disse Adriano de Souza, que ainda jogou fora uma nota 7,77 e apareceu para competir na África do Sul com um visual diferente, com os cabelos tingidos de amarelo.

 

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Tim Reyes mais uma vez tirou Marcelo Nunes da briga pelo título de uma etapa do WCT. Foto: ASP / Covered Images.
“Eu fiz uma aposta com meu cabelo na Copa do Mundo e como o Brasil perdeu eu perdi a aposta também e tive que pintar o cabelo?, confessou Mineirinho.

 

?Parece que deu sorte a mudança e penso até em ficar assim até o fim do ano. Só acho que minha namorada (a surfista Cláudia Gonçalves) não vai gostar, mas talvez eu continue assim?, falou Adriano de Souza.

 

Ele ainda não sabe qual adversário irá enfrentar na terceira fase, pois ficou faltando realizar a última bateria da repescagem.

 

Além dele, o pernambucano Paulo Moura é o outro único brasileiro que se encontra na mesma situação.

 

Roy Powers foi o responsável pela eliminação de Andy Irons num duelo 100% havaiano em J-Bay. Foto: ASP / Covered Images.
O primeiro a competir será o cabo-friense Victor Ribas, que foi escalado na segunda bateria com o sul-africano Greg Emslie. Adriano de Souza aguarda seu adversário na terceira e na quarta o carioca Yuri Sodré pega o australiano Joel Parkinson.

 

Depois, tem o paranaense Peterson Rosa contra o australiano Shaun Cansdell na sexta bateria, na 15a o carioca Pedro Henrique vai tentar vingar a derrota de Marcelo Nunes contra o norte-americano Tim Reyes e na última bateria o também carioca Raoni Monteiro enfrenta o ex-campeão mundial Mark Occhilupo.

 

O heptacampeão mundial Kelly Slater defende o título do Billabong Pro da África do Sul e está escalado na oitava bateria com o sul-africano Sean Holmes. Na disputa seguinte era para estar o havaiano Andy Irons, que no ano passado só foi derrotado na última onda que Slater pegou nos últimos segundos da grande final.

 

Só que o tricampeão mundial sofreu o mesmo castigo logo na segunda bateria da repescagem neste ano. O também havaiano Roy Powers o deixou na última colocação com a última onda que surfou para eliminar o seu ídolo por uma pequena diferença: 10,83 x 10,66 pontos.

 

O número 3 do ranking, Bobby Martinez, foi barrado também por décimos ? 12,83 x 12,00 pontos ? pelo australiano Jarrad Howse. O número 6 Damien Hobgood viajou para acompanhar o nascimento do seu primeiro filho nos Estados Unidos e nem disputou a repescagem.

 

Seu irmão CJ Hobgood, oitavo colocado, foi eliminado pelo francês Mikael Picon. Além deles, outros top 16 também perderam na repescagem e terminaram em último lugar no Billabong Pro Jeffreys Bay, como o havaiano Bruce Irons (nono lugar), os australianos Dean Morrison (11o), Luke Stedman (14o) e Bede Durbidge (15o) e o norte-americano Cory Lopez, que dividia a 16a colocação com o australiano Daniel Wills e o sul-africano Greg Emslie.

 

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