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João Renato chega ao topo da canoagem nacional master

Paulista radicado em São Vicente (SP) João Renato conquistou no último fim de semana, em Niterói (RJ) o título brasileiro de canoa havaiana na categoria master.

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Paulista radicado em São Vicente (SP) João Renato conquistou no último fim de semana, em Niterói (RJ) o título brasileiro de canoa havaiana na categoria master. Foto: Gilmar Domingos de Oliveira

O paulista radicado em São Vicente, João Renato Moura conquistou no último fim de semana o título brasileiro de canoa havaiana na categoria Master, após vencer a quarta e última etapa da temporada, em Niterói (RJ). No total, foram cerca de 17 quilômetros durante quase duas horas de remada. Os atletas largaram na praia de São Francisco, contornaram a Baía de Guanabara e passaram pela ilha do Careca retornando ao ponto de largada com duas voltas de percurso.

Foi a primeira vez de João Renato em Niterói. “Eu não conhecia o lugar. Tive que trabalhar bastante a técnica da remada, pois em um determinado trecho  encaramos o vento contra. Não foi fácil, mas consegui fazer a canoa andar bem e mantive a liderança de ponta a ponta”, revela Moura.

Ele acumulou duas vitórias e dois vices durante seu ano de estreia no circuito brasileiro. Antes, obteve títulos em provas disputadas no litoral paulista. 

“Chegar ao topo do ranking brasileiro é novidade. Nunca estive na situação de disputar um título nacional e procurei não pensar muito para chegar lá (em Niterói) e remar bem. Essa era minha pretensão. Entrei no circuito para adquirir mais vivência como esportista e estou muito feliz com o resultado”, analisa o atleta.

Para ele, seu principal adversário foi o santista Jeff Guerra, um dos destaques da modalidade. “Ele tem uma bagagem boa no mundo da canoa e venceu a prova que circunda a ilha de Santo Amaro (78km remando solo). Só de disputar o título com esse cara já foi uma grande vitória”, destaca.

Durante o ano, Moura superou também uma lesão na coluna cervical para chegar ao topo do ranking. “Esta foi a parte tensa, pois alguns médicos consideraram a lesão grave e cogitaram me operar. Mas, felizmente consegui reverter com muita fisioterapia, além de mudar hábitos de treinamento. Corrida, por exemplo, ficou de fora e optei por cardio-respiratório diferenciado”. 

Técnido da equipe brasileira de triatlon, Wagner Spadotto foi peça fundamental para a conquista deste título. “Ele montou as planilhas de treinamento fisico, e intercalei com surf e pedal. Fez toda a diferença”.

Agora, o foco de João Renato é a disputa do campeonato sul-americano em Santos. “Consegui minha vaga e estou super empolgado, quero treinar mais e fazer uma preparacao voltada para esta única prova (prevista para acontecer em novembro)”, revela. 

Relativamente novo na canoagem, Moura inspira-se em dois nomes de destaque: Celso Filet, remador excelente que está sempre entre os primeiros da Grand Master e chega junto na Open, bem como Rogerio Mendes, outro remador que está há pouco tempo, mas anda muito bem. “Esses dois me instigam muito a melhorar”.

Multi-esportista –  Nos últimos anos, João Renato firmou-se também como um dos grandes nomes do esporte na categoria stand up paddle, modalidade que não pára de crescer em todo mundo. Esportista desde a infância, sua relação com o surf teve início em 1997. Dez anos depois, ficou curioso ao se deparar com um amigo remando em pé, conheceu o stand up e nunca mais parou de remar. Quatro anos depois iniciou no circuito brasileiro profissionalmente e hoje em dia acumula temporadas havaianas na bagagem ao disputar as provas mais casca-grossas de travessia do mundo.

Também domina as modalidades de surf e longboard e chegou a competir no triatlon. Este mix formou um atleta polivalente. Todo o aprendizado de anos de dedicação ao esporte serviram de base para que ele aplicasse hoje em dia nas mais variadas provas que disputa pelo mundo. Completa seu perfil, a experiência como Educador Físico, altamente gabaritado em diversas áreas relacionadas à atividade física. 

“O triatlon foi um ótimo professor, pois me deu perseverança para trabalhar da melhor forma possível em provas longas. Minha cabeça sabe que o meu corpo aguenta. O exercício funcional ajuda a aguentar a rotina de provas desgastantes”.

Educador físico de formação, especializado em fisiologia do exercício pela Escola Paulista de Medicina, e desenvolveu desde 2000 diversos trabalhos voltados para o surf, inclusive atuando como instrutor da equipe vicentina nos jogos regionais e do time brasileiro de sup em mundiais. 

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