Oi Rio Pro

Guigui preparado

Wiggolly Dantas, Oi Rio Pro 2016, Grumari (RJ).

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Wiggolly Dantas aquece as turbinas para o Oi Rio Pro. Foto: © WSL / Smorigo.

 

Nesta sexta-feira, muitos tops da elite mundial treinaram em boas condições no Rio de Janeiro (RJ). O mar liso, com ondas de meio metro e séries pouco maiores, fez a cabeça de atletas como o brasileiro Wiggolly Dantas.

Atual 13o colocado no ranking do Tour, Guigui falou sobre a session na Barra da Tijuca e a expectativa para a repescagem. “As ondas estavam perfeitinhas, mas bem pequenas. Temos um swell chegando no fim de semana e vou competir contra Stuart Kennedy. Espero que esteja um pouco maior, com altos tubos, para eu fazer uma boa apresentação e passar para a próxima fase”, diz o atleta de Ubatuba.

Wiggolly também fez algumas comparações entre as praias de Grumari e da Barra, opções para o Oi Rio Pro 2016. “Tivemos boas ondas em Grumari, mas na minha bateria o mar ficou meio difícil, com ondas balançadas. Eu gosto bastante do Postinho, que é uma onda forte e proporciona duas manobras ou um bom tubo. Então, quando dá altas ondas aqui no Rio, prefiro competir no Postinho por causa do tubo, que é o que mais gosto de fazer. Quando é no Grumari, você consegue fazer mais de duas ou três manobras. Se estiver grande, prefiro competir no Grumari, mas, se estiver menor, mais cavado, sou mais a Barra”, opina.  

Seu melhor resultado neste início de temporada foi o quinto lugar em Bells Beach, Austrália. “Este ano eu comecei perdendo na terceira fase em Snapper, depois fiquei em quinto em Bells Beach e tive outro 13o em Margaret. Já foi um início melhor do que no ano passado e estou bem focado para conseguir bons resultados, estou com boas pranchas e me sentindo bem fisicamente”, conta o atleta.

Em Bells, Guigui foi eliminado nos instantes finais por Matt Wilkinson, que acabou vencendo sua segunda prova consecutiva no Tour. “Foi bem difícil porque achei que ele não tinha virado e muitos disseram o mesmo. Já analisei essa bateria mais de 100 vezes e foi uma situação meio polêmica, mas deixei dúvida em relação às performances e aí aconteceu isso, ele acabou passando a bateria. Mas isso só me dá mais foco e força de vontade para buscar as vitórias”, comenta o ubatubense.

O Top falou também sobre as polêmicas que envolveram a etapa brasileira antes da janela de espera, com boatos de boicote por parte de alguns atletas. “Acho que a poluição existe em muitos lugares do mundo. Se for pra tirar o evento daqui devido à Zika, à poluição ou a outros problemas, teriam que tirar também o campeonato de Margaret River, onde é cheio de tubarão e este ano eu saí quatro vezes da água por isso; em J-Bay também corremos risco, todos os dias, de ser atacado por um tubarão. Acho que estamos correndo perigo em todo lugar. O Rio de Janeiro é incrível, é um lugar que gosto muito e o Brasil tem 10 surfistas no CT, então não dá para tirar um campeonato daqui. Acho que temos de parar com esse complô que o Kelly (Slater), o Parko (Joel Parkinson) e outros atletas fizeram, apesar de que é até melhor pra gente que está aqui no Brasil tentando um bom resultado”, finaliza Wiggolly Dantas.

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