Cuidados com a prancha

Scooby fecha a série

Pedro Scooby dá dicas sobre o quiver e os cuidados necessários com as pranchas.

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Pedro Scooby finaliza série sobre cuidados com as pranchas.
Pedro Scooby finaliza série sobre cuidados com as pranchas.

Ondas gigantes, marolas… Como conciliar necessidades tão diferentes na hora de montar um quiver? Para dar uma ajuda a quem quebra a cabeça quando precisa tomar uma decisão, fomos atrás de grandes nomes do surfe e do SUP para saber o que eles consideram importante numa prancha.

O Waves, em parceria com a Red Bull, conversou com Nicole Pacelli, Carlos Burle, Ricardo Martins e, para fechar a série, Pedro Scooby dá suas dicas e conta como é sua relação de escolha e cuidado com seus equipamentos.

Como você escolhe suas pranchas?

Eu trabalho já há muitos anos com o Ricardo Martins e a gente sempre vai mudando alguma coisa, mudando alguns detalhes, deixando a prancha mais dura, a prancha mais solta. É um trabalho longo. Hoje em dia, eu já tenho uma prancha que desenvolvi com ele e que encaixa muito no meu surfe, que para mim é a melhor do mundo. Eu já testei várias, de muitas marcas e nenhuma delas bate essa.

Quais são os pontos que você leva em consideração na hora de desenvolver sua prancha?

Para mim, a prancha precisa ter a rabeta Round Squash. Ela é até bem popular, muita gente tem. E eu gosto de uma prancha com bastante volume, porque eu sou pesado e gosto de sentir que estou flutuando. Acho até que eu uso um pouco mais de volume do que as pessoas usam normalmente.

Quais principais cuidados que você toma com a prancha?

Não deixo no sol nunca e não deixo bater em lugar nenhum. Eu faço muita prancha. Acho que chego a fazer 60 pranchas no ano. Mas é engraçado que eu tenho um carinho muito especial com cada uma. Gosto de tratá-las bem. Eu sou bem cuidadoso com as minhas coisas.

Você tem algum ritual ou mania com as pranchas?

Não é bem um ritual. É uma mania mesmo. Eu encaixo os adesivos de uma maneira que eu vá ver a prancha bem. Eu não deixo ninguém colar nada nela. Eu gosto que ela fique bonita visualmente. Se o adesivo estiver todo torto, eu acho que não vou conseguir surfar tão bem (risos).

Carioca chega a fazer 60 pranchas por ano.
Carioca chega a fazer 60 pranchas por ano.

Quando você começou a surfar, qual foi sua primeira prancha? Lembra dela e de como chegou até você?

Eu comecei a surfar com 5 anos e a primeira prancha que ganhei na minha vida foi feita por um shaper do Recreio, o Base, e ela tinha um desenho de fogo, pintado em laranja e roxo. Meu pai encomendou e eu escolhi a arte, porque eu gostava de fogo e essas eram minhas cores preferidas!

Quais foram as pranchas que mais te marcaram ao longo da carreira?

Eu lembro muito de uma que usei em Nazaré, que era metade verde e metade roxa, do Ricardo Martins. Foi uma prancha que eu fiquei um tempo, peguei altas ondas com ela e o Chumbinho acabou quebrando (risos).

Outra que eu não esqueço foi a que customizei com o nome do Dom. Eu fiz isso logo quando ele nasceu. Escrevi Domzuco e foi marcante, porque foi minha primeira homenagem a ele.

Tem uma prancha que eu desenvolvi com o Ricardo, que ela marcou bastante também. Fizemos ela para surfar marola e o modelo era tão bom, que depois eu vi muita gente copiando. Ela é pequenininha, tem a rabeta diamond, um bico estreito e é mais larga no meio. Na época, a gente fez dois modelos: frisbee e snack. Os dois tinham nomes de coisas de cachorro, um brinquedo e uma comida (risos)! Depois que a gente parou de fazer a frisbee, o Ricardo botou o nome de bolachinha.

Para quem se interessou pelo trabalho do Ricardo Martins, é fã do Scooby e, também, é bom de design ou desenho, uma chance para ter uma prancha feita por ele e que também será usada pelo surfista para encarar o canhão de Nazaré em 2018, é participar do “Red Bull Rabisque Minha Prancha”.  O concurso está com inscrições abertas até 23 de setembro.

Para saber mais, acesse o site Red Bull Rabisque.