JrFaria Surfboards

A serviço da diversão

Ex-atleta profissional e eterno tarado por pranchas, Junior Faria desenvolve sua própria marca de shapes.

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Modelo Vira-Lata, mas com pedigree. Sensação retrô com performance atual. Há outros três modelos disponíveis, incluindo uma monoquilha.

“Acredito que se divertir dentro d’água é o que realmente importa. Surfar bem é acima de tudo ter um sorriso no rosto, dentro e fora do mar. Para isso é fundamental ter uma prancha mágica. Todo surfista sabe que prancha boa é igual a felicidade”, define Junior Faria.

Ele criou a JrFaria Surfboards para disponibilizar pranchas de altíssima performance que experimentou e desenvolveu ao longo da carreira de duas décadas. São modelos pensados e produzidos por diferentes shapers, cada um com características muito próprias e marcantes, tanto os shapers quanto as pranchas.

O interessante é que ele não está vendendo apenas o produto, mas também toda a assessoria personalizada que presta desde a primeira conversa à entrega da prancha. Isso não é pouco, já que ele se tornou um dos surfistas que mais experimenta e pesquisa sobre pranchas no Brasil.

Junior Faria e Rob Machado. Dois ex-pros e fissurados por pranchas. O mercado está criando novos rumos.

Este modelo aqui do post foi desenvolvido em parceria com o Kareca, da Shine Surfboards. Foi criado para gerar velocidade nas marolas e ao mesmo tempo manter o ataque ao lip. “O outline é baseado nas fishes originais do fim dos anos 60, mas traz inovações”, comenta Junior.

“O bico é mais estreito para dar agilidade e o outline da rabeta tem um fake wing que traz mais velocidade e release nas curvas. As bordas tem um caimento afiado para manter o drive nas curvas e atacar o lip com precisão”, acrescenta o ex-profissional.

A Vira-Lata é uma prancha veloz. Já vi o Junior usando a dita cuja e essa é uma característica que se destaca no modelo. Rápida nas trocas de borda, mesmo com tanta área de planagem no meio e rabeta, portanto, apresenta um surfe fácil em ondas pequenas e médias.

Essa largura extra, em comparação com uma pranchinha tradicional, ajuda seu funcionamento em ondas mais cheias. O rocker baixo, aliado ao volume, potencializa a ótima remada. Claro, é uma prancha que você deve usar com tamanho menor do que as tradicionais. Não se preocupe, para ter uma como essa, ou outros modelos desenvolvidos por ele, você vai trocar uma ideia com o próprio e fica tudo mais fácil.

Foto de capa Sebastian Rojas