Canudos plásticos

Petição luta pelo fim

Instituto Guardiãs do Mar Águas e Direitos cria abaixo-assinado para criar lei que proíbe o uso de canudos de plástico no Brasil.

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Canudinhos constituem uma grande parte de todo o lixo plástico encontrado nos mares e oceanos.

O Instituto Guardiãs do Mar Águas e Direitos (IGDM) não para de trabalhar em prol da transformação prática e estudar políticas públicas determinados a proteger o Brasil da degradação, sobretudo por meio do consumo e da produção e gestão sustentável dos seus recursos naturais tomando medidas urgentes sobre a proteção dos oceanos, para que ele possa suportar as necessidades das gerações presentes e futuras. E o consumo exacerbado e o plástico são os principais bandidos deste tema e da poluição das nossas ondas.

O plástico surgiu como algo revolucionário, prático, higiênico e hoje se tornou uma praga com a qual combatemos para salvar vidas, não apenas a vida marítima, mas a vida em geral. O plástico está no ar, na água e no solo. É um material de decomposição secular e as consequências do seu uso desenfreado não são totalmente conhecidas, mas dá para imaginar o tamanho do dano tendo em vista a quantidade de plástico que temos ao nosso entorno. E muito desse plástico poderia ser evitado, porque inútil. É o caso dos canudinhos.

Para quem ainda não sabe os canudinhos constituem uma grandíssima parte de todo o lixo plástico encontrado nos mares e oceanos, juntamente com outros plásticos de natureza descartável, e redes de pesca.

Quando os canudos e outros materiais plásticos são descartados no meio ambiente, eles chegam aos oceanos e acabam contaminando toda uma cadeia alimentar. O peixe e outros animais comem, se engasgam, se enroscam no plástico ou no plástico em decomposição (micro plástico) e as consequências disso, para além da morte destes animais, é a poluição das águas que causa contaminação por plástico de toda uma cadeia (para quem come peixe e outros animais aquáticos, mas mesmo quem não come peixe, come o plástico através do sal marinho).

Para diminuir esse impacto destrutivo, algumas cidades e alguns países no mundo inteiro estão proibindo o uso de alguns tipos de plástico inútil, como é o caso do plástico descartável. Por exemplo, no Brasil, a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro passou a fiscalizar, desde o dia 19 de julho deste ano, o cumprimento de uma lei municipal que proíbe o uso de canudos plásticos em locais como bares, quiosques e restaurantes da cidade.

Aquele que descumprir essa lei receberá uma multa de R$ 3 mil e em caso de reincidência, será o dobro do valor. De acordo com essa nova lei os estabelecimentos alimentícios terão até 60 dias para parar de comercializar canudinhos de plástico.

Se analisarmos toda essa questão, perceberemos o quanto o canudinho de plástico é desnecessário, afinal eles são usados por poucos minutos para se tomar refrescos e bebidas e na Natureza levam cerca de 450 anos para serem decompostos.

O Rio de Janeiro é a primeira grande cidade brasileira a ter essa iniciativa, que tem tido apoio de pessoas engajadas na causa ambiental. Mas e os demais estados e cidades?

Os esportes e a preservação ambiental andam juntas e o IGDM adentra as medidas da conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Tendo como missão até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes e plásticos.

Com isso o Instituto GDM Guardiãs do Mar e Águas elaboraram um abaixo-assinado chamado “Senado Federal: Lei Nacional Sem Canudos plásticos no Brasil” no site Change.org chamando atenção do Ministério do Meio Ambiente e Senado com o objetivo de receber 20 mil assinaturas nesta petição para esta lei entrar em Brasília e iniciarmos um trabalho de assegurar a disponibilizar a gestão sustentável das águas e oceano.

Para saber mais, acesse o site Instituto Guardiãs do Mar Águas e Direitos.

Patricia Almeida é fundadora do IGDM.