Founder's Cup

Filipinho arranca o 10 no rancho

Fique por dentro do que rolou no primeiro dia da Founder's Cup no Surf Ranch, em Lemoore, Califórnia (EUA). Evento recomeça neste domingo às 13:30 horas (de Brasília).

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Filipe Toledo arranca a primeira nota 10 do evento.
Filipinho sobrevoa o rancho em Lemoore, Califórnia (EUA).

Em clima de confraternização, a Founder’s Cup cWSL / Cestariomeçou neste sábado (5/5), no Surf Ranch, em Lemoore, Califórnia (EUA). Grandes nomes do Circuito Mundial estão reunidos na piscina de ondas de Kelly Slater para um inédito duelo de equipes promovido pela WSL (World Surf League).

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Cerca de 5 mil expectadores assistem ao duelo entre as equipes do Brasil, EUA, Europa, Austrália e Mundial. O time verde-amarelo, do capitão Gabriel Medina, conta com Adriano de Souza, Filipe Toledo, Silvana Lima e Tainá Hinckel.

🇧🇷 @filipetoledo crava nota 10 com perfeição na #WSLFoundersCup

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Os dois primeiros rounds da competição foram pra água, com participação das cinco equipes. Todos os cinco membros de cada equipe tiveram a oportunidade de surfar duas esquerdas e duas direitas cada. Ao final do dia, a liderança ficou nas mãos da equipe norte-americana, seguida da Austrália, Mundial, Brasil e Europa.

No segundo dia de competição, cada competidor terá mais duas oportunidades (uma direita e uma esquerda) para ajudar o seu time a melhorar a pontuação e se classificar para a tão esperada final. A pontuação mais alta de cada direita e cada esquerda por atleta irão contribuir para a soma total das equipes, que soma 10 notas no total, ou seja, duas de cada integrante. As três melhores equipes se classificam para a final.

John John amplia vantagem da equipe norte-americana.

A equipe norte-americana conquistou a liderança depois de grandes performances conquistadas por toda a equipe, mas os destaques do time ficaram por conta do bicampeão mundial John John Florence e da tricampeã mundial Carissa Moore. Além disso, a consistência do capitão Kelly Slater e de Kolohe Andino, aliados à progressividade de Lakey Peterson, deram à equipe uma vantagem de cinco pontos sobre a Austrália.

“Eu não estava tão profundo quanto achei que estaria no último tubo, então arrisquei tudo no aéreo e funcionou”, disse John John Florence sobre sua última onda, que valeu 9.80 pontos. “Fazer parte deste ambiente de equipe é bem diferente e incrível. Sem dúvidas é a coisa mais legal que eu já fiz no surfe. Estamos todos empolgados e torcendo uns pelos outros”.

“Tudo é uma questão de tempo quando se está lá, além de ouvir as pessoas da sua equipe sobre quais seções aproveitar melhor, depois é só manter a calma”, explicou Carissa Moore. “Não sei se eu posso levar muito crédito em uma equipe tão incrível. Ouvir as dicas do Kelly Slater sobre a onda foi ótimo”.

Já os australianos começaram o final de semana como uns dos favoritos. A capitã Stephanie Gilmore, junto com sua parceira Tyler Wright, destruíram as ondas do rancho. Mick Fanning, Joel Parkinson e Matt Wilkinson também exibiram boas performances.

“Eu tirei um 7 na esquerda de manhã, então pensei que se eu me esforçasse um pouco mais nas manobras poderia melhorar essa nota”, disse Mick Fanning. “Ainda temos muito espaço pra melhorar. Se o Parko se livrar da sua nota 3 e melhorar sua performance na direita, pode fazer a diferença. Também ainda não vimos a Stephanie dominar a direita, então acho que ela também pode entrar na casa dos 9 pontos”.

Mick Fanning entra em sintonia com as direitas do rancho.

O time brasileiro mostrou grande explosão em suas performances, principalmente na equipe masculina e na segunda rodada. Filipe Toledo conquistou a primeira nota 10 do campeonato com uma performance avassaladora, que além de grandes manobras incluiu dois aéreos e um belíssimo tubo. Campeão mundial e capitão do time, Gabriel Medina também arriscou tudo no aéreo com rotação e garantiu 9.17 pontos. Apesar das impressionantes performances da dupla, o time ainda precisa de atuações mais consistentes dos outros membros, para voltar às disputas.

“Estou muito feliz pela oportunidade de surfar esta onda perfeita. Tirar o primeiro 10 da competição na piscina é incrível”, comemorou Filipe Toledo. “Eu conversei com meu time antes sobre o que eu pretendia fazer e eles me incentivaram. Isso me deu mais confiança, por saber que eles estariam me apoiando”.

A Founder’s Cup volta neste domingo (6/5) às 13:30 horas (de Brasília) com a terceira rodada da competição, direto do Surf Ranch, em Lemoore, Califórnia (EUA).

Rodadas qualificatórias da Founders’ Cup of Surfing 2018:

L1 = Primeira onda para a esquerda
R1 = Primeira onda para a direita

EUA:
Lakey Peterson – L1: 6.6, R1: 7.83, L2: 2.77, R2: 7.93
Kolohe Andino – L1: 8.5, R1: 6.00, L2: 8.8, R2: 7.43
Carissa Moore – L1: 7.43, R1: 9.27, L2: 8.37, R2: 9.43
John John Florence – L1: 3.43, R1: 6.63, L2: 5.3, R2: 9.8
Kelly Slater – L1: 8.80, R1: 8.47, L2: 8.6, R2: 7.87
Total: 80.83

Austrália:
Tyler Wright – L1: 4.83, R1: 9.1, L2: 6.4, R2: 9.33
Joel Parkinson – L1: 3.5, R1: 6, L2: 3.53, R2: 7.4
Mick Fanning – L1: 7.43, R1: 8, L2: 9.07, R2: 8.43
Stephanie Gilmore – L1: 8.63, R1: 8.23, L2: 5.53, R2: 2.17
Matt Wilkinson – L1: 8.37, R1: 3.83, L2: 4.5, R2:6.43
Total: 75.82

Mundial:
Bianca Buitendag – L1: 7.6, R1: 2.5, L2: 6.77, R2: 4.93
Kanoa Igarashi – L1: 2.17, R1: 8.83, L2: 3.87, R2: 4.5
Michel Bourez – L1: 8.8, R1: 7.5, L2: 5.5, R2: 4.5
Jordy Smith – L1: 7.27, R1: 9.07, L2: 8.87, R2: 4.53
Paige Hareb – L1: 7.53, R1: 7.93, L2: 7.43, R2: 8.33
Total: 75.33

Brasil:
Tainá Hinckel – L1: 2.17, R1: 4.17, L2: 5.5, R2: 4.1
Filipe Toledo – L1: 7.83, R1: 6.93, L2: 4.2, R2: 10
Gabriel Medina – L1: 6.67, R1: 7.83, L2: 6.87, R2: 9.17
Adriano de Souza – L1: 6.83, R1: 7.93, L2: 3.93 R2: 4.93
Silvana Lima – L1: 5.5, R1: 7.73, L2: 5.67, R2: 8.33
Total: 72.3

Europa:
Frankie Harrer – L1: 5.73, R1: 1.93, L2:5.87, R2: 3.83
Leonardo Fioravanti – L1: 8, R1: 8.17, L2: 3.73, R2: 9.57
Johanne Defay – L1: 6.67, R1: 0.77, L2: 5.33 R2: 7
Frederico Morais – L1: 7.17, R1: 3.07, L2: 7.17, R2: 6.77
Jeremy Flores – L1: 8, R1: 8.47, L2: 8.77, R2: 7.77
Total: 72.12

 

Além do encontro na água, o festival traz diversas atrações como músicas e exposições de arte em um evento que promete entrar para a história do surfe mundial.

O Brasil, do capitão Gabriel Medina, conta com Adriano de Souza, Filipe Toledo, Silvana Lima e Tainá Hinckel.

A Austrália, que vem com 11 títulos mundiais no currículo, se apresenta com a capitã Stephanie Gilmore, além de Mick Fanning, Joel Parkinson, Tyler Wright e Matt Wilkinson.

O time norte-americano, do anfitrião Kelly, conta ainda com os reforços havaianos de John John Florence e Carissa Moore, além dos californianos Lakey Peterson e Kolohe Andino.

Já a seleção europeia é formada por Jeremy Flores (FRA), Johanne Defay (FRA), Frankie Harrer (ALE), Leonardo Fioravanti (ITA) e Frederico Morais (POR).

Por fim, o time mundial é comandado pelo sul-africano Jordy Smith e conta ainda com Bianca Buitendag (AFR), Michel Bourez (TAI), Kanoa Igarashi (JPO) e Paige Hareb (NZL).

Fora da água, uma das principais atrações é o show de Perry Farrell, criador do festival Lollapalooza e líder da lendária banda Jane’s Addiction.

O evento é um marco na história do surfe mundial e pode ser considerado um teste para a etapa do Championship Tour, que acontece em setembro deste ano no Surf Ranch.

Kelly Slater desfruta a perfeição de sua criação.

Formato

Fase classificatória

– Cinco times de cinco atletas. Três homens e duas mulheres.
– Cada atleta surfa duas ondas por rodada (uma direita e uma esquerda). A nota vai de 1 a 10.
– Cada atleta surfará seis ondas durante a fase qualificatória
– A duas maiores notas surfadas por cada atleta (uma direita e uma esquerda) contribuem para o total de pontos do time.
– Os times com as três maiores pontuações avançam à final.

Final

– Os três times com a pontuação mais alta participam da final
– Haverá cinco baterias de três surfistas na final.
– Cada atleta surfa duas ondas por bateria (direita e esquerda)
– A melhor nota de cada atleta (não importa se é direita ou esquerda) será computada.
– Diferentemente da fase classificatória, a final contará pontos pela colocação de cada atleta durante a bateria final.
– Nas baterias de 1 a 3 a pontuação será a seguinte: 1º colocado: 2 pontos, 2º: 1 ponto, 3º: 0 pontos
– Nas baterias 4 e 5 a pontuação será a seguinte: 1º colocado: 4 pontos, 2º: 1 ponto, 3º: 0 pontos
– A bateria 4 será disputada somente entre as mulheres e a cinco pelos homens.
– O time com a maior pontuação vence.

Em caso de empate

Em caso de empate, uma bateria especial definirá o campeão da Founder’s Cup. Cada time escolherá um homem e uma mulher para participar. Cada surfista pegará uma onda e ambas entrarão no somatório. O time que somar mais pontos vence.