WSL Latin America

Chile define campeã

Decisão do título sul-americano feminino da WSL acontece entre os dias 13 e 15 de dezembro em Punta de Lobos, Chile.

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Lorena Fica briga pelo título sul-americano e compete em casa em Punta de Lobos.

A WSL Latin America anunciou oficialmente na última quarta-feira (6) que a campeã do principal título feminino de surfe profissional da América do Sul em 2019 será mesmo definida no Maui and Sons Pichilemu Pro by Royal Guard, nos dias 13 a 15 de dezembro nas ondas de Punta de Lobos, em Pichilemu, sul do Chile.

O impasse ficou pela mudança de data, pois o evento estava marcado para os dias 31 de outubro a 02 de novembro, porém precisou ser adiado devido a insegurança gerada pela onda de protestos populares no país andino. Como ficou para dezembro, os pontos só valerão para o WSL Qualifying Series de 2020, mas a WSL Latin America conseguiu que eles sejam computados no ranking regional de 2019, para que a decisão do título sul-americano aconteça mais uma vez na etapa feminina mais tradicional do continente.

“Nós tivemos que mudar a data do evento por causa das manifestações e o estado de emergência determinado pelo Governo do Chile. E agendamos a nova data junto com as autoridades de Pichilemu e da Região”, destaca Tito Toyola, um dos organizadores do Maui and Sons Pichilemu Women’s Pro by Royal Guard.

“Esperamos que, em dezembro, as manifestações já tenham terminado, para que possamos voltar ao trabalho normalmente e que o país tenha voltado à normalidade. Não temos como prever o futuro, mas todos acreditamos que tudo estará bem para realizarmos o evento da melhor maneira”.

Peruana Daniella Rosas lidera o ranking regional da WSL.

A peruana Daniella Rosas, de apenas 17 anos, que ainda compete na categoria Pro Junior e está no Brasil para participar do Oi Pro Junior Series em Maresias, São Sebastião (SP), lidera o ranking principal desde a sua primeira vitória no Circuito Mundial da World Surf League, no Rip Curl Pro Playa Grande na Argentina. A chilena Lorena Fica, 24 anos, perdeu a final em Mar del Plata, mas permaneceu em segundo no ranking depois da outra única etapa do QS esse ano no continente, o Héroes de Mayo Iquique Pro, que aconteceu também no Chile.

Lorena Fica vai competir em casa de novo e é a principal concorrente de Daniella Rosas nas ondas pesadas de Pichilemu. Enquanto Lorena busca um troféu inédito para o seu país, Daniella pode se tornar a surfista mais jovem a ser campeã sul-americana na história do título feminino, iniciada em 2007.

A peruana conseguiu um resultado melhor do que a chilena em Iquique e tem uma boa vantagem. Lorena já precisa chegar nas semifinais do Maui and Sons Pichilemu Pro para ultrapassá-la, desde que Daniella fique em último, se o evento for realizado no formato para 32 competidoras.

Caso termine mesmo em 25.o lugar, a peruana fica com 1.465 pontos no ranking e Lorena atinge 1.510 nas semifinais. A equatoriana Dominic Barona, que em 2018 ganhou seu segundo título sul-americano, está em terceiro na classificação das duas etapas disputadas e só ultrapassaria essa pontuação da Daniella, chegando na final em Pichilemu. É a mesma chance também para a brasileira Tainá Hinckel e para a argentina Lucia Indurain, quarta e quinta colocadas no ranking, respectivamente. Tainá está bem perto do bicampeonato sul-americano Pro Junior, que pode conseguir já nesse fim de semana do Oi Pro Junior Series.

Outras duas surfistas, a chilena Jessica Anderson e a brasileira Julia Duarte, também poderiam superar os 1.465 pontos de Daniella Rosas, caso a peruana fique em 25.o lugar no Chile, porém somente com a vitória no Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard. Ainda tem as argentinas Josefina Ane e Lucia Cosoleto, que dividem o oitavo lugar no ranking e conseguiriam igualar a pontuação da peruana com a vitória em Pichilemu. Isso forçaria uma bateria extra no Chile, para definir a campeã sul-americana da temporada 2019.

Cartaz do Maui and Sons Pichilemu Women’s Pro 2019.

História Esta será a sexta edição do Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro, sempre contando com grande participação de surfistas vindas de outros continentes também, que não pontuam no ranking sul-americano, somente no mundial do WSL Qualifying Series. E elas venceram a maioria das cinco etapas já disputadas. Desde a estreia em 2014, com a havaiana Dax McGill derrotando a argentina Josefina Ané na primeira final em Pichilemu.

Em 2015, deu Havaí de novo, com Alessa Quizon superando a única campeã mundial da América do Sul na história da World Surf League, Sofia Mulanovich. Mas, a peruana chegou na final novamente em 2016, para conquistar o título contra Leilani McGonagle. A surfista da Costa Rica acabou comprovando ser a melhor surfista nas ondas pesadas de Punta de Lobos, chegando em mais duas finais seguidas. Em 2017, conseguiu a vitória contra australiana Freya Prumm, mas perdeu outra decisão para uma peruana no ano passado, Anali Gomez.

A história da etapa feminina do Circuito Mundial mais tradicional da América do Sul, terá um novo capítulo no Chile nos dias 13 a 15 de dezembro. Como já estava definido o encerramento do WSL Qualifying Series 2019 para os dias 15 a 17 de novembro na Austrália, o resultado da sexta edição do Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard ficou para abrir o ranking de 2020. Mas, a WSL Latin America conseguiu que os pontos sejam computados no ranking regional de 2019, decidindo o último título sul-americano da temporada.