Empresa catarinense

Willian fecha patrocínio

Willian Cardoso acerta contrato de patrocínio com empresa catarinense Santa Luzia.

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Willian Cardoso fecha novo patrocínio para temporada de estreia no Championship Tour.

Surfista de Balneário Camboriú (SC), Willian Cardoso acertou um acordo de patrocínio com a empresa catarinense Santa Luzia.

Cardoso estampará a marca durante sua primeira passagem na elite do surfe mundial em 2018, onde dividirá as ondas com estrelas do esporte como Kelly Slater, John John Florence, Gabriel Medina, entre outros.

Fabricante de perfis decorativos, revestimentos e acessórios, a empresa vê o descarte das pranchas como uma grande dor de cabeça para os surfistas. Resíduos plásticos como os que compõem as pranchas são responsáveis por grande parte do lixo em aterros sanitários, lixões e até mesmo nos oceanos. Com o material de pranchas como a de Cardoso, é possível reutilizá-lo para fabricar perfis decorativos de alto padrão.

A tecnologia para compactar e dar forma aos materiais vem de 2002, quando a Santa Luzia substituiu 98% da matéria-prima inicial, madeira, pela reciclagem de resíduos de poliestireno expandido (EPS ou Isopor ®) e poliuretano (PU).

Até 2017, a empresa reciclou mais de 45 milhões kg de EPS, quantidade suficiente para carregar 150 mil carretas. Se a matéria-prima ainda fosse madeira, para produzir a mesma quantidade de produtos neste valor, seriam necessárias 150 mil árvores, equivalentes a 278 campos de futebol.

“A missão da Santa Luzia é consumir em seu processo de produção apenas materiais recicláveis e reciclados”, explica Marcos Effting Zanette, gerente geral da marca. “Ao aumentar o ciclo de vida dos materiais, preservamos os recursos naturais. Nós pretendemos despertar a consciência das pessoas quanto às boas práticas de consumo. Uma prancha de surf produzida de poliestireno ou poliuretano, por exemplo, pode também ter um ciclo de vida mais longo se for utilizada e descartada de forma adequada”.

“Um atleta sem patrocínio não consegue chegar tão longe. Estamos falando de valores em dólares, então ter uma empresa que te dá o suporte necessário para fazer o que gosta é o que me traz segurança e tranquilidade para competir”, afirma Willian antes de embarcar para a Austrália. “Uma prancha de surfe profissional dura comigo, em média, de um a dois meses. Se ela resiste este período, pode ser revendida, mas o que acontece muitas vezes é acabar quebrando e ir parar num lixo comum”.

O campeonato mundial começa em março, com a etapa da Gold Coast, na Austrália. O Brasil recebe uma das etapas do circuito em maio, nas concorridas areias da Praia de Itaúna em Saquarema, no Rio de Janeiro. A prova derradeira acontece no Havaí, nas ondas de Pipeline.

“A briga pelo título será bem aberta em 2018, acompanhando a disputa embolada que tivemos no ano passado”, analisa Cardoso. “Além dos favoritos de sempre, eu poderia incluir o Filipe Toledo nesta lista, ele vem trabalhando e se preparando muito bem. Vamos lá tentar atrapalhar um pouquinho esse cenário, por que não sonhar? Minha meta é conseguir a reclassificação de qualquer forma, cada etapa tem a sua estratégia e abordagem, então vamos trabalhar muito para isso”, finaliza.

Sobre a Santa Luzia Fundada em 1942 por João Effting, a Santa Luzia começou como uma pequena fábrica de espelhos em Braço do Norte. Ao passar a fabricar as molduras para os espelhos, a empresa cresceu aceleradamente até revolucionar sua produção de perfis decorativos, revestimentos e acessórios em 2002, ao trocar 98% da matéria-prima inicial, madeira, pela reciclagem de resíduos plásticos como poliestireno expandido (Isopor ®) e poliuretano.

Maior parque industrial moldureiro da América do Sul, a Santa Luzia tem produtos comercializados em mais de 4 mil pontos de venda em mais de 400 cidades pelo país. Atualmente, exporta cerca de 10% da produção para países como Estados Unidos, Japão, Argentina, Uruguai e Chile.