Stance ISA World Adaptive

Highlights do quarto dia

Confira os melhores momentos do quarto dia do Stance ISA World Adaptive em La Jolla, Califórnia (EUA).

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Ao longo de quatro dias de competição, o Stance ISA World Adaptive Surfing Championship está pronto para definir as medalhas de ouro em La Jolla, praia situada em San Diego, Califórnia (EUA).

Doze categorias individuais e os times campeões mundiais serão coroados durante uma seqüência repleta de ação nas finais neste domingo.

A equipe brasileira entra como defensora do bicampeonato, mas entra no último dia na segunda posição. A delegação dos Estados Unidos atualmente detém uma liderança em pontos potenciais e vai tentar ganhar sua primeira medalha de ouro por equipes no evento.

O time do Chile, medalha de bronze em 2016 e de cobre em 2017, atualmente ocupa o terceiro lugar e vai tentar subir no ranking de medalhas.

Com doze categorias a serem disputadas no domingo, as classificações ainda estão abertas para a equipe que tiver uma forte exibição no último dia.

A australiana Sarah Bettencourt fez o melhor desempenho do evento até agora na categoria Feminina AS-4. A nota 9,27 e o somatório de 17,27 foram as principais marcas entre todos os concorrentes durante os primeiros quatro dias do campeonato mundial.

“Aquele 9,27 foi tão bom!”, disse Bettencourt. “Essa foi a primeira vez que eu pude ver o lip chegando e bater nele. É incrível que numa competição foi a primeira vez que fiz isso”, continua a australiana.

“Este campeonato mundial me motivou e me empolgou novamente para surfar. Eu aprendi que não importa qual idioma você fala ou qual deficiência você tem, todos nós temos o mesmo amor pelo oceano e pelo esporte. O amor e o desejo de cultivar o esporte entre todos os países e gêneros é consistente entre todos nós”, finaliza Sarah.

O brasileiro Jonathan Borba continuou sua impressionante corrida ao longo do evento com um total de 14.17, o maior do dia nas categorias abertas (Open). Borba tentará impulsionar o time brasileiro para a liderança com uma medalha de ouro no domingo.

Meira Duarte (AS-3), do Havaí, e Samantha Bloom (AS-5), da Austrália, garantiram duas medalhas para o último dia de competição, tendo se classificado para as finais da Open e Feminina.

O quarto dia de competição começou em condições limpas contínuas em La Jolla Shores. Os melhores surfistas adaptados do mundo foram para a água de olho na qualificação para o último dia de competição.

Entre os defensores do título mundial, para se qualificar para a chance de repetir seus títulos no domingo, estão o dinamarquês Bruno Hansen e o japonês Kazune Uchida. Hansen, o único surfista adaptado com três medalhas de ouro individuais em seu nome, procurará aumentar sua contagem de medalhas na categoria AS-4, e Uchida, a primeira campeã japonesa de surf adaptado, vai buscar o desempenho histórico de 2017 na categoria AS-1 Feminina.

No último dia da competição, a história também será feita, pois a primeira campeã mundial de mulheres com deficiência visual será coroada. A canadense Ling Pai, a inglesa Melisa Reid, a espanhola Carmen Garcia e a portuguesa Marta Jordão Paço estão disputando as medalhas.

O medalhista de prata em 2017 e integrante da equipe francesa, Eric Dargent, um sobrevivente de ataque de tubarão da Ilha da Reunião, avançou para as semifinais do AS-1 Open, no entanto, sua corrida chegou ao fim nas semis. Dargent falou sobre o que o surfe adaptado fez em sua vida.

“A França nunca ganhou uma medalha de ouro neste campeonato mundial, mas estamos procurando pela primeira neste ano”, disse Dargent.

“Depois que fui atacado por um tubarão, a primeira coisa que perguntei ao meu médico foi quanto tempo eu poderia voltar a surfar, não o quão rápido eu poderia voltar a andar. Manter o equilíbrio na minha vida com surf adaptado é realmente importante”, conta o francês. “Eu quero mostrar ao mundo que amputados são capazes de surfar em pé”.